Agro da Bahia. A Mesorregião do Extremo Oeste da Bahia conquistou o título de maior polo de irrigação por pivôs centrais do Brasil, ultrapassando o Noroeste de Minas Gerais, que até então liderava o ranking. A informação divulgada na terça-feira, dia 17/12, é de um levantamento realizado pela Embrapa.
Com os dados até outubro de 2024, o estudo mostrou uma expansão de quase 300 mil hectares irrigados no País em relação à análise, feita em 2022, pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os resultados obtidos através do levantamento mostraram uma área de 2.200.960 hectares irrigada por 33.846 pivôs centrais, com um acréscimo de 140.842 hectares e 3.807 novos equipamentos de irrigação.
Segundo Daniel Guimarães, pesquisador da área de Agrometeorologia da Embrapa Milho e Sorgo (MG), os Municípios com as maiores áreas irrigadas são:
Maratona. O ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto, visitou no sábado, dia 12/6, o projeto de irrigação da Cidade de Guanambi e criticou o governo do Estado pelo que chamou de “pouca atenção” à questão hídrica na Bahia. Segundo Neto, no interior do Estado, há uma reivindicação por mais acesso à água para garantir a produção.
Segundo a imprensa local, Neto disse: “Quando a gente chega no interior há sempre essa reivindicação de água, de recurso hídrico, acesso à água para para garantir o plantio. A gente, infelizmente, viu nesses últimos anos a pouca atenção por parte do governo do estado em relação a essa questão que é fundamental para o desenvolvimento e para o crescimento da Bahia”, afirmou.
Agricultores familiares de 10 comunidades localizadas nas Bacias dos Rios Grande e São Francisco participaram, no sábado, dia 15/6, de uma capacitação na Fazenda Modelo Paulo Mizote, em Barreiras. O projeto “Educação Transforma”, que prevê o intercâmbio de conhecimento entre produtores e especialistas agrícolas, debateu sobre a importância do uso racional e o manejo adequado da água na agricultura, através da irrigação de precisão – sistema que auxilia a produção sustentável, ou seja, sem fazer tanta pressão aos recursos naturais.
Com o treinamento, os pequenos produtores rurais vão poder colocar em prática os ensinamentos que prometem aumentar a produtividade sem aumentar a área cultivada. E o melhor: com o uso racional do recurso hídrico. A ação finaliza as atividades de uma semana de debate e palestras, que, além de agricultores, reuniu também especialistas e estudantes universitários e de cursos técnicos, em uma programação que misturou teoria e prática.
Promovido pelo Instituto Aiba (Iaiba) em parceria com a NaanDanJain Brasil – referência mundial em irrigação inteligente, nas modalidades por gotejamento e microaspersão –, o programa abre as portas para um novo momento no cenário agrícola do oeste baiano: a tecnificação de pequenas áreas produtivas, a exemplo de fruticultura e hortaliças.
“O evento se encerra, mas abre portas para novas caminhadas, já que conseguimos acabar com alguns mitos referentes à irrigação e mostrar que ela pode ser acessível e viável independentemente da cultura e da área cultivada”, observou o técnico da NaanDanJain Brasil, Carlos Barth.
A diretora de Meio Ambiente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Alessandra Chaves, acredita que a troca de conhecimento terá um grande impacto nas comunidades agrícolas. “O projeto visa, principalmente, o fortalecimento da agricultura familiar na região Oeste da Bahia, através da transferência de tecnologia. Com isso, acreditamos que haverá diminuição dos impactos ambientais e os ganhos serão tanto social quanto econômico”, avalia.
O presidente da Associação dos Produtores de Vale do Rio de Janeiro (Aprovale-RJ), entidade que representa os pequenos agricultores, Jacson Teixeira, elogiou a iniciativa. “A promoção deste encontro é uma grande oportunidade para trocarmos experiências e vivências, sem falar na chance de ouvirmos especialistas que nos apresentam modelos de sucesso tão próximos à nossa realidade. Isso nos dá a percepção de que através da tecnologia é possível produzir em maior quantidade e qualidade e de forma ambientalmente sustentável”, comentou.
Em sua primeira edição, o programa conta, ainda, com o apoio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba); Associação Baiana do Produtores de Algodão (Abapa); Cetep; Ufob; Fasb; Uneb; UFV; do Instituto Water for Food, da Universidade de Nebraska; e do governo do Estadual, por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).