Largou a joça. O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), usou as redes sociais no início da noite desta quinta-feira, dia 10, para voltar a tratar, o que considerou uma “afronta à soberania” da cidade, o ofício enviado pelo governador Jaques Wagner (PT), solicitando a suspensão do processo licitatório do transporte público da capital baiana.
Em sua conta do Twitter, o gestor soteropolitano escreveu: “Precisamos com urgência melhorar a qualidade do nosso transporte público. Quem tenta impedir esse processo não pensa no cidadão de Salvador”, tuitou.
A indireta para o governador Wagner, que deixará o cargo em 1º de dezembro próximo, mas tenta emplacar o seu sucessor, o candidato petista Rui Costa, foi após os questionamentos feitos no documento enviado à prefeitura sobre a necessidade de envolver a Entidade Metropolitana, autarquia intergovernamental, com caráter deliberativo e normativo composta por representantes do estado e dos 13 municípios que compõem a Região Metropolitana de Salvador (RMS). A criação do órgão foi aprovada há 30 dias pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e sancionada há 20 dias pelo governador.
Em nota enviada à imprensa na tarde desta quinta-feira, dia 10, ACM Neto questionou o teor do documento: “A licitação começou no ano passado e era de conhecimento público. Será que só agora o governador tomou conhecimento? (…) É um caso claro de dois pesos e duas medidas ou de decisões tomadas de acordo com conveniências políticas”, disse. A administração estadual ainda não se manifestou sobre as declarações do prefeito.

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