Não corre ninguém. Na noite de domingo, 23/6, policiais militares do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) prenderam dois indivíduos por soltarem espadas em Senhor do Bonfim, no Interior da Bahia, prática que é proibida por lei.
Durante a operação, artefatos foram lançados contra os policiais, que precisaram utilizar agentes químicos para dispersar os espadeiros. Dois suspeitos foram presos e duas espadas foram apreendidas.
Recentemente, a Polícia Militar e o Ministério Público se reuniram com representantes da associação de espadeiros de Senhor do Bonfim para conscientizar sobre a ilegalidade e os riscos desta prática.
Os dois indivíduos detidos foram autuados em flagrante na delegacia local e encaminhados ao conjunto penal de Juazeiro.
Olha aí. O enfrentamento às violações de direitos no São João da Bahia 2024 mobilizou as forças de segurança do Estado para participar da ‘Formação em Direitos Humanos’, na segunda, dia 17/6, no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador. Dentro da ação estratégica da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através do projeto ‘Direitos Humanos em Eventos Populares’, a capacitação ocorreu pela primeira vez para os policiais militares que vão atuar nas festas juninas do estado. A proposta é qualificar a abordagem policial, promover o acolhimento, a proteção e a garantia dos direitos dos baianos e turistas que aproveitam o período.
Cento e trinta (130) policiais militares participaram da atividade, que teve carga horária de 10 horas. Um dos temas tratou sobre os cuidados na abordagem policial nas ‘guerras de espadas’, visando orientar a corporação, sob a ótica da proteção e defesa dos direitos humanos dos espadeiros, para garantir o cumprimento da legislação, respeitando as tradições locais. A fala sobre o assunto foi feita pela jornalista Flávia Vieira, cujo vídeo foi exibido apresentando a perspectiva da comunidade sobre a tradição.
“Sou filha de espadeiro e fiz meu trabalho de graduação na universidade sobre a necessidade de ver reconhecida a prática cultural de soltar o folguedo como uma tradição centenária, conforme reivindica a Associação de Espadeiros de Cruz das Almas, que propõe a instituição de um projeto que regulamente a produção e a soltura do artifício”, declarou a jornalista.
Outros pontos da capacitação destacaram a importância de promover a inclusão social, acessibilidade, diversidade e de enfrentar situações de violações de direitos como trabalho infantil, negligência, violência física e sexual, racismo, capacitismo e LGBTfobia.
“Sabemos que os grandes eventos populares têm uma grande importância para a comunidade. O nosso objetivo é alcançar os policiais militares que vão atuar nas festas juninas e falar sobre as temáticas dos direitos humanos. Esse é um momento em que a SJDH tira dúvidas relacionadas à legislação e orienta a abordagem de grupo vulneráveis nos eventos populares”, ressaltou a coordenadora Executiva da Superintendência de Defesa e Apoio aos Direitos Humanos (SUDH/SJDH), Lucinea Rocha.
A capacitação foi conduzida pelo professor Marcus Magalhães, que falou sobre a proteção de crianças e adolescentes em eventos populares; pelo major da PM Jalba Santiago, que destacou a importância da atuação policial na proteção dos direitos humanos. Já as equipes da SJDH, através das Superintendências de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos (SUDH) e dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Sudef), trataram sobre como realizar o atendimento a grupos vulneráveis como crianças, adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiência, negros e mulheres nas festas juninas do Estado.
“Essa capacitação visa qualificar os agentes de segurança, através do acesso a conteúdos teóricos e práticos que contribuam para a redução da violência e violações de direitos humanos, sobretudo, de grupos considerados vulneráveis. Queremos oferecer o atendimento mais especializado ao cidadão baiano, com o objetivo de garantir os direitos fundamentais das minorias”, afirmou o subcomandante da polícia Militar da Bahia, coronel Nilton César Machado.
A SJDH tem realizado diversas formações para os profissionais da área da segurança em eventos populares do Estado, promovendo ações preventivas para reduzir a violência e, principalmente, visando ao acolhimento de grupos vulneráveis em grandes eventos no Estado. Através do Plantão Integrado dos Direitos Humanos, a SJDH promove o atendimento, acompanhamento e acolhimentos de vítimas de violações de direitos em grandes eventos como o Carnaval e a Micareta de Feira. Neste ano, três municípios baianos recebem o Plantão Integrado dos Direitos Humanos para atendimento, acolhimento e registro de denúncia, acompanhamento e monitoramento de dados.
Oxente. Várias pessoas se reuniram causando uma aglomeração em rua da Cidade de Cruz das Almas, no interior da Bahia. Segundo informações da imprensa, eles se reuniram no domingo 21/6, para soltar espadas. O caso, confirmado pela 27ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), vai contra as recomendações para evitar a contaminação do novo coronavírus.
A situação durou pouco tempo e foi finalizada com a chegada da PM.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram que muitas pessoas estavam sem máscaras e não mantinham distanciamento entre elas, o que vai de contra as recomendações dos órgãos de saúde para evitar a contaminação pela Covid-19. Havia muitas crianças no local.
De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), no domingo 21/6, Cruz das Almas já tem 73 casos confirmados do coronavírus.
Vale ressaltar que a guerra de espadas está proibida na Cidade desde 2011. Mesmo com a proibição, os moradores continuam com a prática.
Viu aí ? Após serem informados sobre a produção ilegal de fogos de artifício que seriam usados no feriado antecipado de São João, guarnições da 27ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Cruz das Almas) desmancharam uma fábrica clandestina de espadas, no município onde a unidade é sediada. Quatro suspeitos foram presos, na segunda-feira 25/5.
Equipes do Pelotão Tático Operacional e da 1ª CIA da 27ª CIPM, de posse das informações, foram até o Loteamento Palmeiras e conseguiram encontrar um depósito onde eram confeccionados os materiais.
“Localizamos os fabricantes no momento em que produziam as espadas artesanais. Eles não ofereceram resistência, sendo encaminhados sem dificuldade para a Delegacia”, contou o subcomandante da 27ª CIPM, capitão Denis Barbosa.
Cento e dezoito espadas prontas para serem utilizadas, 401 bambus vazios, dez ‘socadores’ de ferro, sete ‘macetes’ e mesma quantidade de sacos de pólvora, serras, pilões, além de um saco de enxofre, uma máquina para sisal e uma balança foram apreendidos na ação.
Junto com o quarteto, todo o material foi encaminhado para a Delegacia Territorial (DT) de Santo Antônio de Jesus. O plantonista da unidade, delegado Willian Achan, explicou que os conduzidos “seguem custodiados na Delegacia de Cruz das Almas e responderão pela posse e ou fabricação de artefato explosivo ou incendiário sem autorização”. Lembrou ainda que um dos homens possuía registro policial por homicídio culposo.
Nada de isolamento. A antecipação dos feriados de São João (24/06) e da Independência da Bahia (02/07) para segunda e terça-feira (25 e 26/05), decreto assinado pelo governador Rui Costa (PT) e o prefeito ACM Neto (DEM), para a diminuir a contaminação do coronavírus, não tem sido respeitado.
Na noite da segunda, dia 25/5, vários grupos realizaram guerra de espadas, tradicional no São João, nos bairros do Uruguai e Periperi, desrespeitando as recomendações e causando aglomeração.
Vixe. Um homem foi morto e outro ficou ferido em um tiroteio na Cidade de São Felipe, no interior da Bahia, no sábado 29/6. Segundo informações da imprensa, testemunhas contaram que eles participavam de uma guerra de espadas, quando foram surpreendidas pelos disparos.
Policiais da 27ª Companhia Independente (CIPM) estiveram no local após denúncias, mas os homens já tinham sido socorridos por populares. Eles foram levados para um hospital, porém um dos baleados, de 42 anos, não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Polícia Militar, a morte da vítima foi atestada pela equipe da unidade de saúde, no momento em que o homem deu entrada no hospital. Já o outro baleado, atingido de raspão em um dos pés, recebeu atendimento e, em seguida, foi liberado.
Mais de 160 espadas e algumas quantidades de explosivos foram apreendidas, na noite de domingo 24/6, por guarnições das 27ª e 65ª Companhias Independentes da Polícia Militar, nas cidades de Muritiba e Bonfim de Feira.
A primeira apreensão ocorreu na localidade conhecida como São José do Itaporã, zona rural de Muritiba, onde foram localizadas 152 espadas dentro de uma casa abandonada. Os materias foram encaminhados para a unidade da 27ª CIPM.
Segundo informou o comandante da 27ª CIPM, major Marcos Davi, as equipes chegaram até o local após denúncia. “Recebemos uma denúncia anônima no telefone funcional da unidade informando sobre a fabricação de espadas e as guarnições foram averiguar”, explicou.
Já a segunda ocorrência aconteceu no distrito de Bonfim de Feira, também após denúncia sobre indivíduos com explosivos em um imóvel. Foram apreendidos 62 espadas já prontas, 53 tubos, oito quilos de pólvora, pilão, uma faca, barbantes e bacias.
Vixe. Uma guarnição da 27ª Companhia Independente da Polícia Militar, apreendeu seis dúzias de espadas, além de material para a fabricação, no início da manhã de terça-feira, dia 7, na cidade de Cruz das Almas, no Recôncavo baiano. Uma mulher de 24 anos e uma adolescente que estavam na residência, localizada no bairro da Tabela, onde foram encontrados os artefatos, foram detidas.
Na delegacia do município, a mulher disse que os produtos pertenciam a um homem, que não teve a identidade revelada. Dois pássaros silvestres também foram apreendidos pela PM. Segundo o portal Forte na Notícia, esta é a segunda apreensão no ano.
A tradicional queima de espadas em Cruz das Almas passou a ser proibida em 2011, após a juíza Luciana Amorin acatar ação movida pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).