Posts Tagged ‘GRUPO INVESTIGADO’

Polícia desarticula grupo investigado por sequestro e extorsão em Salvador

quarta-feira, junho 5th, 2024

Vixe. Um grupo criminoso foi desarticulado durante operação interestadual contra os crimes de extorsão mediante sequestro, na manhã de terça-feira, dia 4/6, em Salvador e na Cidade de Recife, em Pernambuco. A ação é de responsabilidade da Delegacia Especializada Antissequestro (DAS) e da Coordenação de Operações e Delegacia Anti Sequestro de Pernambuco, com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil daquele Estado.

Os crimes aconteceram na capital baiana e na Região Metropolitana de Salvador (RMS), no primeiro semestre deste ano. No dia 12 de janeiro uma vítima foi sequestrada no Bairro do Garcia. Os autores entraram em contato com a família exigindo o pagamento de resgate, que foi realizado, contudo a vítima segue desaparecida.

Já a segunda ocorrência foi registrada no dia 8 de março, no Município de Camaçari. O estilo do crime assemelha-se ao primeiro, com a exigência do pagamento de resgate, sem a liberação da vítima. Nesse caso, o corpo do homem foi localizado cinco dias após o sequestro, com sinais de violência e marcas de tiros.

As investigações da DAS apontaram que as contas para onde foram transferidos os pagamentos dos resgates eram provenientes do Estado de Pernambuco, pertencentes a um homem custodiado por homicídio na Cidade pernambucana de Parnamirim, onde foi cumprido o mandado.

As ações também apontaram para a participação de dois ex-policiais militares da Bahia, que já foram demitidos e cumprem processos punitivos da Instituição. Dois mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos no Bairro Jardim das Margaridas, em Salvador, e em Recife. Todos os custodiados seguem à disposição do Poder Judiciário.

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Fotografia / Fonte: Polícia Civil 

PF deflagra 62ª Fase da Operação Lava Jato e apura pagamento de propinas por parte de empreiteira

quarta-feira, julho 31st, 2019

A Polícia Federal, em cooperação com o Ministério Público Federal e com a Receita Federal, deflagrou na manhã de hoje (31/7) a 62ª fase da Operação Lava Jato, denominada Rock City. Nesta fase, o objetivo é apurar o pagamento de propinas travestidas de doações de campanha eleitoral realizado por empresas do grupo investigado, que também teria auxiliado empreiteira investigada a pagar valores ilícitos de forma oculta e dissimulada, através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior, expediente conhecido como operações dólar-cabo.

Cerca de 120 policiais federais cumprem 1 mandado de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão, em 15 diferentes municípios (Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e São Paulo/SP; Cuiabá/MT; Cassilândia/MS; Petrópolis e Duque de Caxias/RJ; e Belo Horizonte/MG). Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba-PR.

Os fatos investigados nesta fase mantêm relação com as atividades do setor de operações estruturadas da empreiteira, responsável por viabilizar os pagamentos ilícitos do grupo, de forma profissional e sofisticada, e, assim, evitar o rastreamento dos valores e a descoberta dos crimes pelas autoridades de persecução penal. A suspeita é que offshores relacionadas à empreiteira realizavam – no exterior – transferências de valores para offshores do grupo investigado, o qual disponibilizava dinheiro em espécie no Brasil para realização de doações eleitorais.

Um dos executivos da empreiteira investigada, em colaboração premiada, afirmou que utilizou o grupo investigado para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014, o que resultou em dívida não contabilizada pela empreiteira com o grupo investigado, no valor de R$ 120 milhões. Em contrapartida, a companhia investia em negócios do grupo investigado.

Também foi apurado que um dos executivos do grupo investigado, valendo-se do instituto do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) instituído pela Lei 13.254/16, regularizou em 2017, mediante apresentação de declaração falsa de que esses valores seriam oriundos de atividades lícitas, R$ 1,3 bilhão. Contudo, há indícios de que essa regularização tenha sido irregular, em razão da suspeita de que os valores seriam provenientes da prática de “caixa dois” na empresa, com origem em um sofisticado esquema de sonegação tributária que contava com a burla de medidores de produção de cerveja, a qual era então vendida diretamente a pequenos comerciantes em espécie, sendo os valores então entregues a couriers da empreiteira.

O esquema desenvolvido com o grupo investigado é uma das engrenagens do aparato montado pela empreiteira para movimentar valores ilícitos destinados sobretudo para pagar propina a funcionários públicos da PETROBRAS e da Administração Pública brasileira e estrangeira. Outro delito a ser apurado é o de lavagem de dinheiro. Também foi determinada ordem judicial de bloqueio de ativos financeiros dos investigados.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde serão interrogados. Conforme Ascom/PF

Foto: Reprodução