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Polícia Federal faz buscas na casa do governador do Piauí

segunda-feira, julho 27th, 2020

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta segunda-feira, dia 27/7, a terceira etapa da Operação Topique, para investigar a associação entre agentes públicos e empresários do setor de locação de veículos que teriam desviado pelo menos R$ 50 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate).

Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Teresina (PI) e em Brasília (DF), a pedido da Justiça Federal no Piauí.

Entre os investigados na operação está a deputada federal Rejane Dias (PT-PI). Em nota divulgada há pouco, ela disse que recebe com tranquilidade os desdobramentos da operação. Acrescenta que, “como desde o início, permanece à disposição para esclarecimentos a todas essas alegações”, e que, durante seu exercício à frente da Secretaria de Educação, “sempre se portou em observância às leis, tendo em vista a melhoria dos índices educacionais e a ampliação do acesso à educação dos piauienses”.

A Superintendência da Polícia Federal no Piauí informou à Agência Brasil que o governador do estado, Wellington Dias (PT), não está entre os investigados da operação deflagrada hoje, e que os mandados cumpridos em sua residência se devem às suspeitas contra sua esposa, a deputada federal Rejane Dias (PT-PI).

De acordo com a PF, “as ações de hoje dão continuidade às investigações formalizadas nas operações Topique e Satélites, ocorridas em agosto de 2018 e em setembro de 2019”. Nelas foram investigados empresários e servidores públicos estaduais envolvidos em esquema que desviava recursos públicos, a partir de contratações irregulares e com sobrepreço de serviços de transporte escolar.

Entre os crimes que teriam sido praticados estão os de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e crimes de licitação, praticados no âmbito da Secretaria de Educação do Estado do Piauí, informou a PF em nota.

“Mesmo após duas fases ostensivas da operação, o governo do Piauí mantém contratos ativos com as empresas participantes do esquema criminoso que totalizam o valor de R$ 96,5 milhões, celebrados entre os anos de 2019 e 2020”, diz a nota.

Segundo os investigadores, os recursos públicos desviados foram quantificados em relatórios de auditoria da CGU, obtidos a partir de pagamentos superfaturados em contratos de transporte escolar.

“As empresas beneficiadas, destinatárias de pagamentos em volume cada vez maior a partir de 2015, formavam um consórcio criminoso estável e estruturado, simulavam concorrência em licitações e, com participação de servidores públicos, se beneficiavam de contratos fraudulentos”, explica a PF.

Indícios obtidos ao longo das investigações mostram que as mesmas empresas atuam em fraudes licitatórias, em dezenas de municípios do Piauí, desde 2008. O desvio de recursos foi possível por meio dos lucros obtidos com a subcontratação parcial ou integral dos serviços que foram terceirizados, “em condições de total insegurança para os alunos da rede pública de ensino”.

Governo do Piauí

Por meio de nota, o governo do Piauí disse “repudiar” a forma como a operação foi conduzida, e que “as investigações são contra empresas acusadas de fazer cartel e referentes a processos e contratos do ano de 2013, quando ele [Wellington Dias] não era governador do estado”.

“Infelizmente, muitos espetáculos ainda poderão acontecer”, diz a nota ao ressaltar que “existe a lei de abuso de autoridade para que casos como este não aconteçam indiscriminadamente”. “Por fim, é necessária prudência para que ninguém seja acusado injustamente e nem seja julgada sem o pleno direito de defesa”, complementa a nota. Fonte: Agência Brasil

Fotografia: Divulgação/Polícia Federal

Piauí: PM que era segurança do filho do governador morre ao reagir assalto

sábado, fevereiro 7th, 2015

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Violência para todos. O governador Wellington Dias participou do velório do policial militar Francisco das Chagas Nunes, de 43 anos, assassinado com dois tiros ao reagir a uma tentativa de assalto na noite de sexta-feira, dia 6, no bairro Ininga, Zona Leste de Teresina. A vítima trabalhava há 10 anos como segurança da família e acompanhava o filho do governador, Vinícius Dias. Comovido, Wellington Dias disse que com a dor da perda também vem a indignação.
“Como qualquer pai, sentimos muita dor. Reconheço que a dor maior é da esposa dele e dos filhos que perderam seu ente querido. Todos nós estamos orando e pedindo a Deus que dê muita força. Como ser humano, isso nos traz muita indignação, muita tristeza e, ao mesmo tempo, muita responsabilidade. Por isso fiz um decreto de emergência da grave situação que vive o Piauí”, disse o governador.
De acordo com o delegado Francisco Costa Barêtta, Vinícius Dias e mais algumas pessoas tinham ido à residência de um amigo, quando foram abordados por dois bandidos, um deles armado. Outros dois marginais davam apoio em um veículo. O policial militar dirigia o veículo quando reagiu ao assalto e houve troca de tiros. Ele foi atingido nas costas e morreu no local. Do G1 Piauí

Foto: Reprodução/Facebook