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Fernando Baiano confirma pagamentos de 4 milhões a Eduardo Cunha

quarta-feira, abril 27th, 2016

Fernando Baiano durante comissão de Ética na Câmara

Tá vendo aí? O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano (que não é baiano, e sim alagoano), confirmou pagamentos ao então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante depoimento ao Conselho de Ética da Câmara na terça-feira, dia 26.

Fernando Baiano também explicou de que maneira recebeu a ajuda do presidente da Casa para cobrar uma dívida de R$ 10 milhões do lobista Júlio Camargo em troca de doações eleitorais, a partir de 2010. No acordo, inicialmente de 20% e que subiu para 50%, Cunha pressionaria Júlio por meio da comissão de fiscalização sobre contratos de empresas que Júlio representava junto à Petrobras.

Segundo Baiano, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teria informado que Júlio estava preocupado com a ameaça. Ele então propôs um acordo para pagar a dívida. A parte de Cunha seria de R$ 4 milhões e foi entregue em espécie por Baiano no escritório dele no Rio de Janeiro.

Questionado pelo advogado de Cunha, Marcelo Nobre, o lobista disse que nunca fez pagamentos ao peemedebista no exterior. Ele disse ainda que não entregou dinheiro diretamente ao deputado, e sim a pessoas ligadas a ele, como um funcionário chamado Altair.

Nobre reclamou que as perguntas dos membros do Conselho não têm nada a ver com o “objeto da causa”, que é ligado ao fato de Cunha ter mentido ou não sobre possuir contas no exterior durante a CPI da Petrobras. “Não tem como existir imputação neste momento de algo que foi suprimido”, declarou o advogado de defesa. Baiano disse que só soube de transferência internacionais de Júlio Camargo e do doleiro Alberto Youssef ao presidente da Câmara através da imprensa, mas que não fez repasses para Cunha em 2013 e 2014.

O lobista disse que conheceu Cunha durante um café da manhã em um hotel, em 2009, através de um conhecido. O peemedebista teria pedido a Baiano, em 2010, para verificar com as empresas que ele trabalhava se poderiam fazer doações para a sua campanha. Como as empresas representadas por Baiano disseram que não poderiam contribuir, o lobista teria proposto a Cunha que o ajudasse a cobrar a dívida de Camargo.

Baiano contou que possuía uma boa relação com Cunha e que eles nunca usaram o termo “propina” nas negociações, mas reconheceu que as quantias eram ilegais. “O deputado Eduardo Cunha sempre foi muito cordial comigo, sempre foi muita educado, não teve nenhuma reação abrupta, ameaça, nada disso”, contou. Ele confirmou que esteve na casa do deputado cerca de 20 vezes, geralmente aos finais de semana quando estava no Rio de Janeiro, e que também esteve no escritório de Cunha, em reuniões a sós.

 

 

 

Foto/Fonte: Estadão Conteúdo

Na carceragem da PF, Fernando Baiano evita família, diz colunista

segunda-feira, abril 20th, 2015

baiano

De acordo com Lauro Jardim, da Veja, Fernando Baiano, o operador do PMDB na Petrobras, proibiu os advogados de defesa de levarem sua mulher para visitá-lo na carceragem em Curitiba. Ela insiste que o marido tem que fechar o acordo de delação premiada para sair da prisão.

Baiano, por enquanto, resiste ao apelo dela e da família.

 

Foto: Reprodução

STJ nega liberdade a Fernando Baiano e empreiteiros da OAS

sábado, dezembro 27th, 2014
Continua na grade. O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, negou nesta sexta-feira, dia 26, pedido de liberdade feito pelos advogados do empresário Fernando Soares, conhecido com Fernando Baiano, e de mais dois presos ligados à empreiteira OAS. Além de não encontrar ilegalidade na decretação das prisões, o ministro entendeu que, conforme jurispridência do STJ, a gravidade do ato dos investigados justifica a prisão cautelar.
Todos foram presos na operação Lava Jato e estão na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba.
Além do empresário, tiveram pedido de liberdade negado o presidente da OAS, José Aldelmário Filho, e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da empreiteira.
De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), a OAS e outras empresas investigadas na operação Lava Jato participavam de um “clube” para acertar quem venceria licitações com a Petrobras. Seis pessoas ligadas à OAS já se tornaram réus em ações penais na Justiça Federal em Curitiba.
Fernando Baiano (que é alagoano), é acusado de cobrar propina para intermediar a compra de equipamentos para a Petrobras. No entanto, seus advogados negam as acusações de negócios ilícitos com a estatal.
Segundo o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, há provas de que Soares recebeu “valores milionários em contas no exterior”.
Soares também nega ter relações com o PMDB.  Em depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef disse que o investigado arrecadava propina para o PMDB, por meio de contratos com a Petrobras.
Foto: Reprodução

Polícia Federal ouve Fernando Baiano nesta sexta (21)

sexta-feira, novembro 21st, 2014

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Expectativa. O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, deve prestar depoimento na tarde desta sexta-feira, dia 21, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná, onde está preso desde terça-feira, dia 18. A informação foi confirmada pelo advogado de Baiano, Ricardo Calil. O defensor não soube precisar o horário, mas acredita que o cliente vai falar aos policiais federais no início da tarde.
Apontado pelo doleiro Alberto Youssef como operador do PMDB no esquema de corrupção que envolve a Petrobras, Fernando Baiano, na avaliação do advogado Mário de Oliveira Filho, está sendo usado como “bode expiatório” no processo da Lava Jato. Em delação, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa acusou o PT, PMDB e PP de receber dinheiro oriundo de propina – os partidos negam.
Na quarta-feira, dia 19, logo após saber que o depoimento do cliente havia sido transferido para esta sexta-feira, o advogado negou que Baiano tenha a intenção de oferecer uma delação premiada à Justiça. Ele, inclusive, garantiu que quer uma acareação entre o lobista e o doleiro Alberto Youssef. “Uma coisa é ele conhecer um ou outro [do PMDB], que até deve conhecer, mas ter negócios, ser operador, isso aí é o Youssef falando o que quer. Tem que provar. […] Ele conheceu o Youssef, todo mundo conhece, mas não tem negócios. A acareação só depende do delegado”, completou.

Lava Jato

A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de 10 bilhões de reais e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam cerca de 60 bilhões de reais.

Foto: Reprodução