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Ministro do STF suspende aplicação do piso nacional da enfermagem

segunda-feira, setembro 5th, 2022

Na liminar. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu neste domingo, dia 4/9, o piso salarial nacional da enfermagem e deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro do piso salarial, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços. A informação foi divulgada pela assessoria do STF.

A decisão cautelar do ministro foi concedida no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222 e será levada a referendo no plenário virtual do STF nos próximos dias. Ao final do prazo e mediante as informações, o caso será reavaliado por Barroso. A ação foi apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a constitucionalidade da Lei 14.434/2022, que estabeleceu os novos pisos salariais.

Entre outros pontos, a CNSaúde alegou que a lei seria inconstitucional porque a regra que define remuneração de servidores é de iniciativa privativa do chefe do Executivo, o que não ocorreu, e que a norma desrespeitou a auto-organização financeira, administrativa e orçamentária dos entes subnacionais

Sancionada há exatamente um mês pelo presidente Jair Bolsonaro, a lei institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. No caso dos primeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.

O piso nacional vale para contratados sob o regime da CLT e para servidores das três esferas (União, estados e municípios), inclusive autarquias e fundações. O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional em julho, atendendo uma reivindicação histórica da categoria, que representa cerca de 2,6 milhões de trabalhadores.

Impactos

Na liminar concedida neste domingo, Barroso ressaltou a importância da valorização dos profissionais de enfermagem, mas destacou que “é preciso atentar, neste momento, aos eventuais impactos negativos da adoção dos pisos salariais impugnados”.

“Trata-se de ponto que merece esclarecimento antes que se possa cogitar da aplicação da lei”, acrescentou. Ainda segundo o magistrado, houve desequilíbrio na divisão dos custos do reajuste salarial, já que repasses de recursos públicos para procedimentos de saúde seguem com taxas desatualizadas.

“No fundo, afigura-se plausível o argumento de que o Legislativo aprovou o projeto e o Executivo o sancionou sem cuidarem das providências que viabilizariam a sua execução, como, por exemplo, o aumento da tabela de reembolso do SUS à rede conveniada. Nessa hipótese, teriam querido ter o bônus da benesse sem o ônus do aumento das próprias despesas, terceirizando a conta.”

Serão intimados a prestar informações no prazo de 60 dias sobre o impacto financeiro da norma os 26 estados e o Distrito Federal, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e o Ministério da Economia.

Já o Ministério do Trabalho e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) terão que informar detalhadamente sobre os riscos de demissões. Por fim, o Ministério da Saúde, conselhos da área da saúde e a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) precisarão esclarecer sobre o alegado risco de fechamento de leitos e redução nos quadros de enfermeiros e técnicos.

Repercussão

Pelo Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, manifestou desacordo com a decisão do ministro Barroso. “Respeito as decisões judiciais, mas não concordo com o mérito em relação ao piso salarial dos enfermeiros. São profissionais que têm direito ao piso e podem contar comigo para continuarmos na luta pela manutenção do que foi decidido em plenário.”

O relator do projeto de lei no Senado, senador Fabiano Contarato, também usou as redes sociais para criticar a decisão cautelar. “Os médicos têm piso salarial quatro vezes maior, e o Judiciário jamais vetou esta medida. Os enfermeiros conquistaram a duras penas esse direito por decisão do Poder Legislativo e do Poder Executivo, em ampla e democrática mobilização”.

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Fonte: Agência Brasil

Fotografia: Fernando Frazão/Divulgação/Agência Brasil


Abertas as inscrições para o Simpósio de Vulnerabilidade e Saúde

quarta-feira, outubro 19th, 2016
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Estudantes e profissionais da área de saúde poderão participar no próximo dia 4 de novembro, do I Simpósio sobre Vulnerabilidade e Saúde – Promovendo Saúde em Comunidades em Situação de Vulnerabilidade, no auditório 1 do centro de convenções da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, no Campus do bairro do Cabula, em Salvador.
O evento contará com oito palestras e duas mesas redondas, e promete tratar de temas relacionados a vulnerabilidade de mulheres em situação de prisão, comunidade quilombolas, profissionais do sexo, moradores de ruas, entre outros.
Promovido pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública com apoio da Universidade do Estado da Bahia, o simpósio contará com a apresentação do coral do Conjunto Penal Feminino Lemos de Brito durante sua abertura e do grupo Muzenza.
Confira as informações sobre o evento: 
l SIMPÓSIO SOBRE VULNERABILIDADE E SAÚDE
PROMOVENDO SAÚDE EM COMUNIDADES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
Carga horária: 10 horas
Vagas: 250
Data: 04/11/2016
Horário: 8h00 a 18h00
Local: Centro de Convenções da Escola Bahiana de Medicina e Saúde  Pública, Campus Cabula – Auditório I ( Em frente à entrada do Hospital Roberto Santos)
Investimento: R$ 25,00
Período de inscrições: 10/10 a 02/11/2016
Inscrições no site:
https://inscricoes.bahiana.edu.br/produto/74/i-simpsio-sobre-vulnerabilidade-em-sade/
Programação:
08:00 h Instalação da mesa
08:30 Momento cultural – Coral do presídio Feminino Lemos de Brito
1ª Mesa:
09h00min – Luz Marina Silva – Vulnerabilidade de mulheres em Situação de Prisão
09:40 – Climene Laura de Camargo – Vulnerabilidade de Comunidades Quilombolas
10:20min – Mary Lucia Galvão – Vulnerabilidade de Parteiras Quilombolas
11:00 mim – Valterney Morais – Vulnerabilidade de Profissionais do Sexo
11:40 Discussão
12:00 h INTERVALO PARA ALMOÇO
04/11/16 Tarde
2ª Mesa:
13h:30min – Antonio Teixeira Lima Junior – Vulnerabilidade por questões de Raça/cor e Gênero
14:10 Adriana Prates – Vulnerabilidades de Moradores de rua
14h50min – Luís Augusto – Vulnerabilidades de Jovens gays/ HIV
15h30min –  Laio Magno  – Estigma e Vulnerabilidade de mulheres trans ao HIV/AIDS
16:10 Discussão
16:30: COOFE BREAK de Encerramento
17:00 min -Momento Cultural: Apresentação do Grupo Muzenza