Muita violência. O corpo do jovem Geovane Mascarenhas de Santana, de 22 anos, que estava desaparecido, desde que foi abordado por uma guarnição da Polícia Militar no bairro da Calçada, há 13 dias, foi encontrado decapitado e com as mãos arrancadas.
Segundo o comandante da PM-BA, coronel Alfredo Castro, o cadáver foi localizado, no último dia 3 de agosto, no Parque São Bartolomeu, em Salvador, mas só foi identificado na quinta-feira, dia 14, no Instituto Médico Legal, devido ao seu estado de decomposição. Ele ainda declarou que a prisão dos PMs envolvidos já foi solicitada.
Durante o depoimento prestado na Corregedoria da PM, os três policiais envolvidos na abordagem disseram que o jovem foi liberado, logo após a averiguação realizada.
A investigação sobre o caso do desaparecimento de Geovane está sendo conduzida pelo delegado Jorge Figueiredo, titular do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com a Polícia Civil, a decisão de transferir o caso da pasta da 2ª Delegacia/ Lapinha para o DHPP foi tomada pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa.
A abordagem policial que culminou no sumiço do jovem foi registrada por câmeras de segurança, no local. As imagens, que foram encontradas pelo pai do rapaz, Jurandy Silva de Santana, de 40 anos, mostram quando Geovane, que estava pilotando uma moto, é parado pelos policiais, agredido e, em seguida, colocado no porta-malas de uma viatura. Depois, os policiais deixam o local, um deles levando a moto do jovem, que também desapareceu.
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