A CPI da Petrobras começa a partir desta segunda-feira, dia 11, uma maratona para ouvir os 13 investigados pela Operação Lava Jato que estão presos no Paraná, incluindo o doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Soares (conhecido como Fernando Baiano), apontados como operadores do esquema de corrupção na estatal.
Os deputados pretendem colher o depoimento de sete investigados nesta segunda e de outros seis na terça, dia 12. Os depoimentos acontecerão no auditório do prédio da Justiça Federal na capital paranaense, a partir das 9h, e serão abertos à imprensa. Os presos serão escoltados por policiais federais até as dependências do Judiciário.
Além de Youssef e Baiano, deverão ser ouvidos nesta segunda o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, os operadores Mário Góes e Guilherme Esteves, a doleira Iara Galdino e o empresário Adir Assad. Também deverá prestar depoimento o delegado da Polícia Federal Gerson Machado, chamado para “colaborar com as investigações” da CPI.
Na terça-feira, estão marcados os depoimentos da doleira Nelma Kodama, do operador René Luiz Pereira, dos ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA), André Vargas (sem partido-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) e, por fim, do doleiro Carlos Habib Chater, dono do posto de gasolina em Brasília que deu nome à operação da Polícia Federal.
Também nesta segunda-feira, Moro deve conduzir novas audiências de um dos processos da Lava Jato. Às 9h, serão ouvidos cinco réus no processo que apura irregularidades em contratos da construtora Mendes Jr. com a Petrobras. Entre as pessoas que serão ouvidas estão o diretor da empresa Sérgio Cunha Mendes e pessoas que respondem a este e a outros processos, como o ex-deputado Luiz Argôlo e o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, apontado como organizador do cartel que combinava preços para os contratos de obras com a Petrobras.
As audiências deste processo estão marcadas em dois horários, um às 9h e outro a partir das 2 da tarde. Esta será a primeira vez que alguns dos acusados, como Argôlo e Mendes, dão as suas próprias versões sobre os crimes dos quais são acusados.
Outros réus que respondem a mais ações no âmbito da Lava Jato, como Ricardo Pessoa e Carlos Alberto Pereira da Costa, já falaram em outras ocasiões na Justiça Federal.
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