“Ah, que bom você chegou, bem-vindo a Salvador, coração do Brasil…”. Os versos de Nizan Guanaes eternizados pela Banda Eva na folia baiana vão ecoar de forma ainda mais forte: o Carnaval de Salvador, uma das maiores festas populares do planeta, é oficialmente uma manifestação da cultura nacional!
 

A lei nº 15.196, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (08.09), reforça não apenas a importância do espetáculo visual e dos ritmos contagiantes que arrastam multidões, mas, também, a relevância histórica, social e cultural do festejo, principalmente para a cultura afro-brasileira.

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O Carnaval de Salvador representa a identidade dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Com a lei, a festa ganha um selo que a consagra em todo o país, prestando homenagem à capital baiana e à toda cadeia produtiva que faz do evento baiano uma experiência única no mundo.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, aponta benefícios do reconhecimento ao fortalecimento do turismo cultural brasileiro. “O Carnaval de Salvador é conhecido em todo o mundo. Com o reconhecimento, estamos dizendo ao mundo que o Brasil reconhece a importância de uma das experiências culturais mais potentes do planeta, uma festa que gera emprego, renda e que é um orgulho imenso para todos nós”, observa Sabino.
 

Segundo a Prefeitura Municipal de Salvador, o Carnaval de 2025 atraiu mais de 1 milhão de pessoas e movimentou quase R$ 2 bilhões. O reconhecimento da festa baiana se soma a outros esforços do governo federal para valorizar grandes festas populares do país como ativos turísticos e culturais.

Em maio desse ano, o presidente Lula já havia sancionado lei semelhante relativa ao Carnaval de Pernambuco, consolidando a estratégia de fortalecer eventos do tipo e atrair ainda mais visitantes e investimentos por meio do turismo e da cultura.
 

HISTÓRIA – A história do Carnaval brasileiro remonta ao período colonial, com origem nos “entrudos”, festejos lusitanos repletos de brincadeiras com água, farinha e outros elementos dentro de casas. Ao longo do tempo, a festa migrou para as ruas, mas foi em Salvador que ela ganhou um contorno único.

A forte presença de pessoas negras e escravizadas introduziu uma nova forma de manifestação, onde os instrumentos musicais, cantos e danças substituíram as “batalhas” dos entrudos. Grupos de mascarados, conhecidos como “cucumbis”, desfilavam usando a festa como forma de expressão e sátira.

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Fonte: Agência de Notícias / Ministério do Turismo

Fotografia: Magali Magalhães/Divulgação 

Olha aí. As empresas responsáveis pelos camarotes, praticáveis, arquibancadas e postos operacionais instalados no Carnaval de Salvador devem desmontar as estruturas em espaços públicos até o próximo dia 14/3. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), responsável pela fiscalização, continuará atuando para garantir a segurança da população e manter o ordenamento da cidade.

“As equipes da Sedur atuam de forma preventiva desde a montagem até a desmontagem dos camarotes. Vamos continuar acompanhando o desmonte das estruturas para nos assegurar de que todas as áreas públicas que foram danificadas sejam recuperadas”, destaca a diretora de fiscalização da Sedur, Eloá Mota.

De acordo com o Decreto 20.505/2009, após a desmontagem, é concedido um prazo de mais dez dias para recuperação de áreas públicas que tenham sido danificadas. Agentes do órgão já notificaram todos as estruturas para obedecerem às normas da legislação. Em caso de descumprimento, a empresa poderá ser multada.

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Fotografia: Lucas Moura/Secom PMS