Segura o bolso. A partir desta sexta-feira, dia 1º/11, o gás de cozinha vai ficar mais caro na Bahia. O aumento no valor do GLP será 10,5% para as distribuidoras, que vai recair no orçamento do consumidor final. A Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador, já confirmou o novo reajuste.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) da Bahia, o reajuste deve causar um impacto de aproximadamente R$ 8,00 ao bolso do consumidor.
“A média preço do gás de cozinha hoje, em Salvador e Região Metropolitana é de R$ 142,00. Com este aumento, ele deve passar a custar cerca de R$ 150,00”, informou o sindicato.
Polícia neles. A investigação do roubo de um carro de passeio em Camaçari, na terça-feira, dia 14/3, levou os policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) a um ponto suspeito de desmanche, no Bairro de Areia Branca, em Lauro de Freitas. No local foi encontrada uma carreta com uma carga de botijões de gás roubado0s na BR-324, no trecho do Bairro de Valéria, na terça-feira, dia 21/3.
Ao chegar no local ermo, as equipes se depararam com três suspeitos descarregando os produtos da carreta. Eles atiraram contra os policiais e houve confronto. Entretanto, o trio conseguiu fugir. Além da carreta com a carga roubada, também foi localizado o carro que apresentava sinais de adulteração. Também foi apreendida uma Kombi, utilizada pelos três crimonosos, com indicativo de que iria transportar os produtos roubados.
As ações tiveram o apoio de equipes dos Departamentos de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). De acordo com o titular da DRFRV, delegado Maurício Moradillo, as investigações terão continuidade. “Areia Branca é uma das rotas de grupos responsáveis por roubos veículos. Seguiremos com diligências investigativas, a fim de identificar e prender todos os integrantes”, informou.
A carreta com a carga roubada entregue para a empresa e os veículos apreendidos serão encaminhados para perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Uma operação para combater a venda clandestina de gás resultou na apreensão de 244 botijões, nesta quinta-feira 24/9, na Cidade de Camamu, no interior da Bahia, durante ação de policiais da Delegacia Territorial (DT), daquele município.
Doze estabelecimentos sem autorização para comercializar o produto, armazenado de maneira incorreta, foram vistoriados. Os proprietários foram intimados para prestarem esclarecimentos, na DT/Camamu.
Misericórdia. Revendedores de gás, ou seja, donos de estabelecimentos fizeram uma manifestação no sábado, dia 29/2, na BR-324, em frente a uma companhia de gás, no bairro de Pirajá, Periferia de Salvador.
Segundo os manifestantes, o protesto aconteceu para exigir a redução do preço dos botijões. Através de nota, a Polícia Militar informou que os maanifestantes tocaram fogo em um veículo da própria empresa de gás e em pneus.
Ainda de acordo a PM, não houve obstrução da via e a manifestação foi encerrada sem problema. As chamas foram apagadas por funcionários da empresa.
Com a promessa de derrubar o preço do gás natural em até 40%, a nova política para o setor precisará de medidas adicionais para que a redução chegue à cozinha do brasileiro. Estudo divulgado nesta semana pelo Ministério da Economia lista três medidas para melhorar a competitividade do preço aos consumidores residenciais.
Produzido pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) da pasta, o documento defende o fim da política que concentrou o mercado de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) nos botijões de até 13 quilogramas (kg). A medida pode ser implementada ainda neste mês.
O documento também pede que o Conselho Nacional de Política Econômica (CNPE) recomende à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um posicionamento sobre duas medidas anunciadas pelo governo: a liberação da venda fracionada de gás de cozinha e o enchimento de um mesmo botijão por diferentes marcas.
“Entende-se que essas mediadas constituem o ponto de partida para um processo de abertura efetiva do mercado de GLP à multiplicidade de agentes em todos os elos da cadeia, de modo a proporcionar benefícios aos consumidores em decorrência do aumento da concorrência”, destacou o documento. “Nesse sentido, a Secap visa contribuir com a discussão, para que os benefícios advindos do choque de energia barata também possam ser auferidos pelos consumidores residenciais do botijão de gás de cozinha”, diz o documento.
Fim de restrições
Prevista para ser decidida na reunião do CNPE no fim deste mês, a primeira medida pretende acabar com a política de preços diferenciados e com as restrições de mercado para botijões de gás de até 13 kg. Presentes em 72% do mercado nacional de gás, esses botijões têm o uso proibido em motores, no aquecimento de saunas e piscinas, em caldeiras industriais e em veículos.
Segundo o estudo, essa política barra a entrada de novos agentes no mercado e desestimula a concorrência. Para o Ministério da Economia, não existem provas de que os preços subsidiados para botijões de até 13 kg favoreçam apenas os mais pobres. Segundo a pasta, a população com renda mais elevada apropria-se do benefício. Na avaliação da secretaria, o fim das restrições não resultaria em aumento de preços, mas em aumento de competitividade.
Fracionamento
Em relação ao enchimento fracionado de recipientes, o documento informou que as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o abastecimento a granel de GLP aplica-se a todos os tipos de recipientes e volumes, sem normas específicas para o enchimento do botijões de 13 kg. Para a secretaria, a venda fracionada pode criar novos modelos de transporte e de compra do gás, resultando em preços mais baixos para o consumidor.
“É possível que, com o fracionamento, venha a existir um modelo de negócios, a exemplo do Uber Eats e iFood que compra alimentos de quaisquer restaurantes e entregam em domicílio, provisionando gás para o consumidor (de qualquer peso) residencial, a partir de qualquer ponto de abastecimento normatizado por meio de regras ABNT”, ressaltou o relatório.
Troca de botijões
Em relação ao fim da proibição de que um botijão de uma distribuidora seja retornado e enchido por outra, o Ministério da Economia alega que a medida permite a entrada de mais agentes no mercado de distribuição. Isso porque a necessidade de destrocar vasilhames de marcas diferentes da distribuidora antes do enchimento aumenta os custos, beneficiando empresas grandes.
Segundo a pasta, os países que derrubaram a restrição à troca de botijões viram a concorrência aumentar. “Em Portugal, por exemplo, não era permitida a troca de botijões, mas após investigação do órgão de defesa do consumidor, constatou-se que tal prática resultava em falta de competição no mercado, a tal ponto de seus preços serem injustificadamente superiores aos praticados na Espanha”, destacou o estudo.
O Ministério da Economia recomendou mais estudos sobre a prática, com a possibilidade de criação da figura de um Trocador Independente de Botijões, empresa que atuaria com regulação do governo e com remuneração pré-definida (recebendo quantia fixa) para encher botijões de marcas distintas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na terça-feira 9/4, que o governo pretende reduzir pela metade o preço do gás de cozinha no país em dois anos. Segundo o ministro, para conseguir essa redução, é preciso quebrar o monopólio do refino e da distribuição.
“Daqui a dois anos, o botijão de gás vai chegar na metade do preço na casa do trabalhador brasileiro. Vamos quebrar esses monopólios e vamos baixar o preço do gás e do petróleo com a competição”, disse Guedes.
Ao participar da 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em Brasília, Guedes disse que o monopólio da Petrobras no refino do gás torna o preço do produto mais caro no Brasil. O ministro afirmou ainda que a solução para a falta de recursos vem do petróleo, especificamente da exploração da camada do pré-sal.
Haja aumento. O preço do botijão de gás deve ficar mais caro a partir desta quarta-feira, dia 4, na Bahia. Segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás, Edgar Moura, o valor adicional será de R$ 2. O preço foi determinado após reajuste da base de dados chamada de Paura Fiscal, apresentada pela secretaria da Fazenda às empresas responsáveis pela comercialização.
Este é o segundo aumento neste ano no estado. No fim do mês de agosto, o preço do gás foi reajustado em 15%. Com o novo reajuste, o valor do botijão de 13KG que ficava em torno dos R$ 56, pode custar mais de R$ 58.