A pressão subiu. A Operação Dublê, da Polícia Rodoviária Federal, conseguiu recuperar, em cinco dias , 22 veículos roubados no Oeste e Extremo Oeste da Bahia . Do total apreendido, foram 19 motos e 3 automóveis.
A operação, realizada entre sexta-feira, dia 3/3, e a terça-feira, dia 7/3, teve o objetivo de identificar fraudes relacionadas à adulteração, clonagem, receptação, furto, roubo, uso documento falso ou com indícios de adulteração dos elementos identificadores dos veículos.
As ações foram realizadas pela PRF nas BRs-242, 135, 020 e 349, nas Cidades de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Correntina, Formosa do Rio Preto e Santa Maria da Vitória.
Acabou a geração. Com o fim da produção do Gol, a empresa Volkswagen encerra uma história de quatro décadas, 42 anos na indústria automotiva Nacional. Considerado maior sucesso da marca no País, o carro mais vendido do Brasil por 27 anos segue sendo fabricado até o fim deste ano e será substituído pelo Polo Track a partir de janeiro de 2023.
Lançado em 1980 na fábrica de Taubaté, em São Paulo, o Gol marcou gerações inteiras com mais de 8 milhões de unidades produzidas e se tornou o carro mais vendido e exportado da história do mercado Nacional.
Melhorou. A venda de veículos automotores novos acumula alta de 3,3% de janeiro a outubro de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado, aponta balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação mensal, houve crescimento de 14,8% em outubro em relação ao mesmo mês de 2021. Houve recuo, no entanto, de 5,51% em outubro ante setembro.
O presidente da Fenabrave, Andreta Jr, aponta que a retração pode ser explicada por um menor número de dias úteis em outubro (20). Em setembro foram 21 dias. “Boa parte dos segmentos teve números similares em relação ao mês anterior nas vendas diárias, o que indica que o movimento de recuperação se mantém”, disse em nota.
O volume total de veículos emplacados em outubro foi 316.819. Em setembro, esse número ultrapassou 335 mil unidades. Em outubro de 2021, foram negociados cerca de 275 mil veículos. De janeiro a outubro deste ano, a soma chega a 2.957.600. No mesmo período do ano passado, foram aproximadamente 2,8 milhões de unidades.
Segmentos
No segmento automóveis e comerciais leves, foram emplacadas 168.474 unidades em outubro. Em setembro, foram pouco mais de 180 mil, uma queda de 6,62%. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, esse grupo registra queda de 3,47%. Foram emplacados cerca de 1,56 milhão ante 1,61 milhão no mesmo período do ano passado.
A Fenabrave também levantou o número de automóveis e comerciais leves eletrificados. O emplacamento desses modelos somaram 4.460 unidades em outubro. No ano, o total é de 38.704 emplacamentos. “Isso representa um resultado 43,6% maior que o acumulado no mesmo período de 2021, quando cerca de 27 mil veículos eletrificados foram emplacados”, destacou o presidente.
O grupo ônibus e caminhões, por sua vez, teve 12.410 unidades emplacadas. No mês anterior foram mais de 13,5 mil, uma queda de 8,26%. Em relação a outubro de 2021, no entanto, o resultado é melhor, com acréscimo de 1,19% nos emplacamentos. O comparativo do acumulado é menos expressivo, com alta de 0,04%. Foram negociadas pouco mais de 119,6 mil unidades.
Alívio da carga. O governo federal publicou na sexta-feira, dia 25/2, decreto que reduz as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida alivia a carga tributária na produção de automóveis, eletrodomésticos da chamada linha branca – como refrigeradores, freezers, máquinas de lavar roupa e secadoras – e outros produtos industrializados. O texto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, consta em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Para a maior parte dos produtos, a redução foi de 25%. Alguns tipos de automóveis tiveram redução menor na alíquota, de 18,5%. Produtos que contenham tabaco não tiveram redução do imposto.
De acordo com cálculos informados pelo Ministério da Economia, a redução do IPI representará uma renúncia tributária de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022, de R$ 20,9 bilhões para o ano de 2023 e de R$ 22,5 bilhões para o ano de 2024.
Por se tratar de tributo extrafiscal, de natureza regulatória, é dispensada a apresentação de medidas de compensação, como autorizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ressaltou o governo.
Para justificar a renúncia tributária, o governo destacou que a arrecadação federal em janeiro de 2022 somou R$ 235,3 bilhões, sendo volume recorde que representa 18,30% de aumento em relação ao mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação do período.
“Há, portanto, espaço fiscal suficiente para viabilizar a redução ora efetuada, que busca incentivar a indústria nacional e o comércio, reaquecer a economia e gerar empregos. O decreto entrará em vigor imediatamente e não depende da aprovação do Legislativo”, informou a Presidência da República, em nota.
CNI
Em comunicado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou a redução do IPI ao enfatizar que indústria é o setor o mais tributado da economia no país.
De acordo com a entidade, a tendência é haver uma redução dos preços dos produtos industriais, com impactos na inflação, já que os preços do segmento representam 23,3% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A produção da indústria nacional cresceu em 13 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de dezembro para janeiro, quando o setor registrou alta de 0,9% depois de dois meses de quedas consecutivas.
As taxas positivas, divulgadas nesta quinta-feira, dia 12/3, na Pesquisa Industrial Mensal Regional, são as maiores desde junho de 2018, quando a indústria começou a se recuperar da greve dos caminhoneiros, iniciada em maio daquele ano.
O destaque no mês foi o estado de São Paulo, maior parque industrial do país, que cresceu 2,3% e puxou a alta do indicador. “A indústria paulista vem de dois meses negativos, em que acumulou queda de 3,7%. O resultado de janeiro foi o mais alto desde agosto de 2019 (3,2%). Essa alta foi impulsionada pelos setores de veículos automotores, máquinas e equipamentos e metalurgia”, disse, em nota, o analista responsável pela pesquisa, Bernardo Almeida.
Segundo o IBGE, o Rio de Janeiro teve a segunda maior influência positiva sobre o índice, com alta de 3,9%, impulsionada pelos setores de veículos e derivados de petróleo. “Com isso, a indústria fluminense eliminou o recuo registrado em dezembro (-3,9%)”, afirmou Almeida, acrescentando que o resultado foi o maior desde julho do ano passado.
O analista destacou também o crescimento de 10,3% na produção industrial na Bahia. “O resultado teve a terceira maior influência no índice, e é o maior desde junho 2018, quando chegou a 16,3%. A indústria baiana conseguiu, com a alta de janeiro, eliminar as perdas dos três meses anteriores, quando acumulou recuo de 5,5%. Os principais setores foram os produtos químicos, veículos automotores e derivados do petróleo”, disse Almeida.
Em contrapartida, as indústrias do Pará (-4,2%) e de Mato Grosso (-2,3%) recuaram em janeiro. “No Pará, a queda foi a mais intensa desde setembro de 2019, devido ao setor extrativo, e eliminou o crescimento de 2,7% em dezembro. Já Mato Grosso registrou a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 7,2%”, informa o IBGE.