Policiais clamam por justiça durante enterro de tenente morto no Rio Vermelho

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Ousadia da bandidagem. O tenente Almir Ângelo é a 20ª vítima de homicídio na Polícia da Bahia em 2014. Ele era lotado na 17ª CIPM e foi assassinado na noite deste sábado, dia 9, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Durante o sepultamento do oficial no Cemitério do Campo Santo, no bairro Federação, na tarde deste domingo, dia 10, a comoção e a revolta se misturaram entre os companheiros de farda que foram dar o último adeus ao colega morto.
Ângelo deixa filhos, um deles, acabou de ingressar na Polícia, acompanharam o sepultamento do pai. Policiais que acompanhavam o sepultamento clamavam por providências do governo e reclamaram, do que eles classificaram como “parcialidade”, da Comissão de Direitos Humanos do Estado da Bahia, que segundo eles, nunca assiste famílias de policiais mortos, mas priorizam bandidos feridos em confronto com a polícia e seus familiares.
Um policial que não quis se identificar disse que trabalha há 26 anos na corporação e nunca viu tantos policiais sendo assassinados em tão pouco tempo como está acontecendo. “Nunca vi um extermínio como esse na Polícia da Bahia. Durante esses anos na Polícia, a coisa mais rara era ver um policial assassinado. O governo precisa tomar uma providência, a gente precisa ter a liberdade de exercer o papel de policial. Se os bandidos não estão respeitando nem os policiais, imagina a sociedade? ”, desabafa.
A família do tenente vai receber uma pensão no valor médio do salário do policial. Segundo policiais presentes, nenhum representante do governo e do comando da PM procurou a família.

Foto: Reprodução

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