Polícia não confirma versão da faculdade de que policial atirou em adolescente

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E agora? A Polícia Civil não confirmou que o responsável por atirar e matar um adolescente suspeito de roubo na área da Faculdade Área 1, na avenida Paralela, era um policial. O crime aconteceu na manhã de terça-feira, dia 21, e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) analisou imagens de oito câmeras do circuito interno de segurança da instituição para tentar esclarecer os fatos que resultaram na morte do jovem identificado como Railan da Silva Santana, 17 anos.

Nas imagens, Railan aparece entrando pela portaria principal da faculdade às 8h44, com outro rapaz, ambos tranquilos, usando mochilas e aparentando ser estudantes. A mesma câmera registrou quando um homem entra – este último foi visto em outra imagem de câmera interna, depois, com uma arma. Funcionários da faculdade foram ouvidos e não reconheceram nem Railan, nem o rapaz que o acompanhava, nem o homem armado como estudantes da instituição. Para a delegada Marilene Lima, do DHPP, é cedo para afirmar o que aconteceu.

As imagens mostram quando Railan entra correndo, já ferido, em um banheiro no 2º subsolo do prédio da faculdade. A perícia encontrou um rastro de sangue partindo do estacionamento exclusivo para motos, no andar de cima, até o banheiro onde ele foi encontrado ferido. Ele tinha perto de si uma arma, que foi apreendida. Apesar disso, a polícia também não confirmou que ele tentou assaltar alguém no estacionamento.

Railan chegou a ser socorrido para o Hospital Roberto Santos, mas já chegou sem vida. A delegada aguarda que análise mais detalhada das imagens mostre a saída do companheiro de Railan e do homem armado da faculdade. Nenhum dos dois foi identificado até o momento.

Três vigilantes que estavam trabalhando no momento do crime foram intimados a prestar depoimento nesta quarta-feira, dia 22. A Polícia Civil também diz que quer saber da instituição de onde esta obteve informações de que um policial teria reagido a um assalto do lado de fora da faculdade, versão divulgada pela Área 1 em nota à imprensa, mas que segundo o DHPP não foi comprovada até agora.

Uma tia de Railan foi ouvida pela delegada. Ela criava o menino desde os 2 anos e disse que ele estudava no Colégio Manoel Novaes à tarde e que disse pela manhã que iria resolver alguns problemas, sem detalhar para onde ia.

 

Foto: Reprodução
*Com informações do Correio

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