Esquema de pirâmide financeira é desarticulado com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Olha aí. A operação Mercadores do Templo foi deflagrada na quinta-feira, dia 5/5, pela Polícia Civil de Minas Gerais em parceria com o Ministério Público do estado, para desarticular esquema de pirâmide financeira que tomava dinheiro das vítimas com a falsa promessa de grandes lucros no investimento em criptoativos. O Laboratório de Operações Cibernéticas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deu apoio técnico à Polícia Civil de Minas Gerais, Pará e no Distrito Federal. O esquema de pirâmide financeira movimentava mais de R$ 62 milhões. Até o momento, foram apreendidos mais de R$ 250 mil, 2 milhões e 400 mil em criptoativos, além de veículos de luxo.

“O Governo Federal conta com agentes especializados na investigação de crimes cibernéticos, tecnologia de ponta e atua no enfrentamento dessa nova modalidade usada pelos bandidos. O crime não tem fronteiras e estamos atuando forte pela segurança digital no Brasil”, reforça o ministro Anderson Torres.

Segundo a investigação, os golpistas apelavam para a fé das pessoas e, assim, captavam os investidores. O chefe do grupo se apresentava como “homem de Deus”, honesto e de conduta ilibada, usava passagens bíblicas nas suas falas, expressões de cunho religioso e até música gospel para convencer as vítimas a entregar as economias para o esquema de fraudes.

Os criminosos prometiam juros de 8,33% ao mês para pessoa física e de 10% para pessoa jurídica para quem entregasse o dinheiro. Mas o que se viu foi um plano semelhante ao modo de agir de grandes organizações criminosas, que aplicam os famosos “Esquemas Ponzi”, ou as conhecidas pirâmides financeiras.

A Operação cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e oito prisões preventivas em Unaí (MG), Belo Horizonte (MG), Contagem (MG), Guanhães (MG), Belém (PA) e Brasília (DF). Os sites identificados foram retirados do ar, houve bloqueio de contas bancárias e criptoativos, sequestro de imóveis da quadrilha e veículos de luxo foram apreendidos.

As investigações contaram com atuação da Polícia Civil de Minas, pela Delegacia Regional de Unaí (MG), Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Militar, dos Ministérios Públicos do Pará e do Distrito Federal e da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No âmbito do Ministério Público de Minas Gerais teve apoio do Gaeco Central de Belo Horizonte, dos Gaecos regionais de Pouso Alegre e Governador Valadares, da Central de Apoio Técnico do MPMG, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária, da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos.

Fonte: Ministério da Justiça

Fotografia: Divulgação

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