Confira a lista de produtos do agro que ficam fora do tarifaço de Trump

Olha aí. A ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que oficializa as tarifas de 50% aos produtos brasileiros traz uma lista grande de exceções às taxas, que haviam sido anunciadas no dia 9 de julho: no grupo do agronegócio, constam nesta lista de exceções produtos como suco e polpa de laranja – congelado (FCOJ) e natural (NFC), castanhas brasileiras com casca, desidratadas e frescas, produtos florestais como madeira e celulose, fertilizantes minerais e orgânicos e polpa de algodão.

Todas as exceções, um total de 694 itens, foram incluídas no anexo I do documento. Estes produtos. Produtos como café, carne bovina, frutas frescas, pescados, cacau, açúcar e etanol ficaram de fora da lista e serão taxadas a partir do dia 6 de agosto.

Suco de laranja 

O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja, responsável por abastecer os mercados importantes como Estados Unidos, União Europeia e Ásia. De acordo com a CitrusBR (Associação dos Exportadores de Suco de Laranja) entre julho de 2025 e junho de 2025, as exportações para os EUA somaram 307 mil toneladas, de suco concentrado congelado, o chamado FCOJ, e de suco natural, o NFC. Cada tonelada de suco brasileiro que entra nos Estados Unidos já paga USD 415.  O estado de São Paulo e a região do Triângulo Mineiro, o chamado Cinturão Citrícola brasileiro, lidera a produção, e é responsável por 78% da colheita de laranjas para a agroindústria de sucos. 

Em nota, a CitrusBR comentou: “Recebemos com alívio e responsabilidade o anúncio da exceção ao suco de laranja concedido pelo governo americano. A CitrusBR reforça o seu compromisso com o mercado no fornecimento de suco de laranja de alta qualidade como acontece há mais de 60 anos”.

Castanhas Brasileiras

Os Estados Unidos também são os maiores compradores mundiais de castanhas produzidas no Brasil, principalmente a Castanha do Brasil (ou Castanha do Pará). Os americanos absorvem 25% das exportações brasileiras. Além da castanha do Pará, produtos como a castanha de baru, castanha de caju e macadâmias entram na lista de isenção de Trump publicada nesta quarta-feira (30/7). 

Produtos florestais

A lista de exceções de Trump beneficiou os produtos florestais do Brasil, com inclusões de madeira e celulose. A celulose foi isenta de tarifas, tanto a de coníferas quanto o produto derivado de não-coníferas, celulose branqueda ou não. Polpas químicas, semiquímicas, de bambu, recicladas, mecânicas estão na relação. As polpas de algodão e de fibras vegetais também estão na lista.

Fertilizantes

Os adubos que constam na lista de exceção são minerais e orgânicos. Estão isentos de tarifas de 50% o hidróxido de potássio, óxido de alumínio, óxido de estanho, cloretos de estanho e fertilizantes (minerais e quimicos) com NPK, fósforo e potássio. 

O Brasil importa muito mais fertilizantes dos Estados Unidos do que exporta, porém, os dois países mantém um projeto de cooperação, com aportes anuais acima de USD 1 milhão, provenientes de instituições como o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e do Departamento de Estado dos Estados Unidos (DOS). 

A iniciativa Fertilize 4 Life integra o projeto Fertilize Right , no âmbito do Desafio Global de Fertilizantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos. O objetivo é fortalecer a segurança alimentar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agricultura através do uso eficiente e alternativas de fertilizantes, em conjunto com quatro países: Brasil, Colômbia, Paquistão e Vietnã. No Brasil, a iniciativa recebe o nome de Fertilize 4 Life e é um dos maiores projetos articulados no âmbito do Labex América do Norte, com previsão de aporte de US$ 5 milhões em cinco anos.

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Fotografia: Mapa


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