Êta. A seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) irá ao Conselho de Ética da Câmara e ao Supremo Tribunal Federal pedir (STF) a cassação do mandato do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
No domingo, dia 17, ao discursar na votação do impeachment, Bolsonaro homenageou Carlos Brilhante Ustra, chefe do Destacamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo, e um torturador da ditadura militar reconhecido pela Justiça.
Filho de um desaparecido político, o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Fernando Santa Cruz, disse que juristas já estão reunindo argumentos para endossar o pedido de cassação.
“A imunidade é uma garantia constitucional fundamental à independência do parlamento, mas não pode servir de escudo à disseminação do ódio e do preconceito. Houve apologia a uma figura que cometeu tortura e também desrespeito à imagem da própria presidente. Além de uma falta ética, que deve ser apreciada pelo Conselho de Ética da Câmara, é preciso que o STF julgue também o crime de ódio”, afirmou Felipe na página da instituição.
Diante do episódio, em seu Facebook, Jair Bolsonaro voltou a homenagear o torturador. “Nunca me orgulhei tanto ao citá-lo no último domingo. O que está em jogo não é a nossa vida, é a nossa liberdade”, escreveu.
Foto: Agência Brasil
Fonte: Estadão Conteúdo
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