Os operários da construção civil completam nove dias em greve nesta terça-feira, dia 01/04. Até 18h desta segunda-feira (31/03), nenhuma proposta havia sido apresentada pelos patrões, na reunião que aconteceu durante a tarde e a noite, com representantes dos trabalhadores e patrões e a mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na sede do órgão (nas Mercês). Há a possibilidade de acontecer uma nova reunião na SRTE na próxima quinta-feira.
Nesta terça-feira, às 15 horas, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA) realiza uma nova assembleia, no Largo de São Bento, para decidir os rumos do movimento. Depois, os operários seguem em passeata pelas ruas do centro da cidade. Se os patrões não atenderem suas reivindicações, os trabalhadores deverão continuar a greve, por tempo indeterminado. Segundo o sindicato, cerca de 95% dos canteiros estão parados, na Bahia. Em Salvador, mais de 38 mil operários aderiram ao movimento.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 10% nos salários e em outros itens econômicos, acréscimo de R$ 40 na cesta básica, com validade para todos os trabalhadores (hoje só recebem em canteiros com mais de 100 empregados), correção do piso salarial do cadastrista da Embasa, contrato de experiência de 30 dias e manutenção do aviso prévio indenizado, que consta da Convenção Coletiva da categoria, mas o patronato quer retirar.
Os empresários propõem reajuste de 5,56%, contrato de experiência de 90 dias, banco de horas e aviso prévio trabalhado.
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