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Brasil precisa capacitar mais de 10 milhões de trabalhadores até 2023

segunda-feira, setembro 30th, 2019

O Brasil vai precisar qualificar 10 milhões e 500 mil trabalhadores industriais até 2023 para suprir a demanda de profissões ligadas à tecnologia. A conclusão consta do Mapa do Trabalho Industrial 2019–2023, lançado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para orientar a oferta de cursos da instituição nos próximos anos.

Segundo o levantamento, a maior parte desses 10,5 milhões de profissionais ligados à indústria precisará passar por cursos de reciclagem ou de aperfeiçoamento, tanto para dar conta da modernização de postos existentes como para repor vagas existentes de trabalhadores que se aposentarão ou se desligarão dos serviços. O estudo, no entanto, detectou o potencial de criação de 33.453 vagas relacionadas às mudanças tecnológicas.

Em números absolutos, as maiores gerações de emprego ocorrerão nas ocupações de instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos, telefônicos e de comunicação de dados (14.367), operadores de máquinas de usinagem (5.356) e técnicos mecânicos na manutenção de máquinas, sistemas e instrumentos (3.560). Essas funções exigem nível técnico ou qualificação de mais de 200 horas.

Em taxas percentuais, o maior crescimento no número de empregados nos próximos quatro anos deverá beneficiar o mercado de condutores de processos robotizados (22,9%), de nível superior. Em seguida, vêm técnicos em mecânica veicular (19,9%) e mais duas ocupações de nível superior: engenheiros ambientais e afins (19,4%) e pesquisadores de engenharia e tecnologia (17,9%). Os desempenhos são superiores à estimativa de 8,5% de crescimento dos empregos na indústria entre 2019 e 2023.

Transversalidade

Em relação à necessidade total de capacitação de trabalhadores (empregados atuais e novos), o Senai constatou que as funções transversais, que permitem ao profissional trabalhar em indústrias de qualquer área exigirão a maior demanda de formação profissional. Dos 10,5 milhões de trabalhadores que precisam ser qualificados, 1,7 milhão atuam nessa categoria, que abrange profissionais de pesquisa e desenvolvimento, técnicos de controle da produção e desenhistas industriais, entre outras carreiras.

As demais ocupações que demandarão formação profissional nos próximos anos são metalmecânica (1,6 milhão), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão), alimentos (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil) e energia e telecomunicações (359 mil). Embora essas funções se caracterizem por conhecimentos de base industrial, esses trabalhadores podem atuar tanto na indústria quanto em outros setores.

Apenas nos empregos de nível superior, as áreas que mais precisarão de profissionais qualificados até 2023 são informática (368 mil), gestão (254,8 mil), construção (81 mil), metalmecânica (56,4 mil) e produção (40,3 mil). No nível técnico, as demandas se concentram nos segmentos de logística e transporte (495,2 mil), metalmecânica (217,7 mil), energia e telecomunicações (181,4 mil), eletroeletrônica (160,4 mil), informática (160 mil) e construção (120,9 mil). Fonte: Agência Brasil

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Rui anuncia implantação de centro de pesquisa para monitoramento do oceano

quarta-feira, agosto 14th, 2019

Com o tema ‘Promovendo Redes de Inovação para o Nordeste Brasileiro’, o I Fórum Internacional do Meio Ambiente e Economia Azul foi aberto na manhã desta quarta-feira (14), no Senai Cimatec, em Salvador. Presente no evento, o governador Rui Costa anunciou a implantação de uma unidade do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Centre), na capital baiana, em parceria com o governo português.

Plataforma para o desenvolvimento de atividades de investigação nas áreas do clima, terra, espaço e oceano, o AIR Centre vai receber investimentos de aproximadamente R$15 milhões e será inaugurado nesta sexta-feira (16), no Instituto de Geociências, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O governador falou sobre a importância das parcerias que unem os potenciais do Brasil, principalmente do Nordeste, com a expertise de outras nações, como é o caso do Air Centre. “Para o Nordeste brasileiro, o meio ambiente tem valor, e, ao contrário do que alguns têm dito, queremos firmar parcerias para a preservação e também para a geração de emprego e renda, a partir do equilíbrio sustentável entre a utilização dos recursos naturais e a produção, seja ela agrícola, industrial ou tecnológica. Os nove estados do Nordeste estão dispostos a montar uma rede, com o objetivo de cooperar e juntar esforços a partir dos conhecimentos gerados. É isso que nós estamos buscando fazer, e esse encontro de hoje vem dar passos nessa direção”, declarou Rui.  

O centro vai reunir atividades nas áreas da observação da Terra e aplicações computacionais, incluindo o recurso a metodologias de inteligência artificial no apoio à ciência e à pesquisa para a preservação dos ecossistemas marinhos e costeiros, e para o benefício das pessoas que vivem em torno do Oceano Atlântico.

Debates

Nos dois dias de evento – o encerramento é no final desta quinta-feira (15) –, especialistas e gestores renomados de países como Estados Unidos, Portugal, Áustria, África do Sul e Gana vão dar palestras e debater em mesas redondas, assistidos por uma plateia formada por 1.200 profissionais e estudantes da área da Bahia e de outros estados brasileiros que se inscreveram no evento. 

A Economia Azul é um modelo de desenvolvimento que propõe mudanças estruturais no setor econômico, de forma a se basear no funcionamento dos ecossistemas. De acordo com o titular da Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), João Carlos Oliveira, a realização desse fórum segue a orientação do governador Rui Costa de destacar o Meio Ambiente como pauta positiva. “Este simpósio tem o objetivo de transformar desafios em oportunidades, por meio da Economia Azul. Para se ter uma ideia, o ambiente marinho representa 40% do PIB europeu e nós temos uma área costeira significativa no Brasil, sendo mais de 3.300 quilômetros somente no Nordeste”, ressaltou.

Um dos principais nomes do Fórum é Jerry Miller, que foi membro do Escritório de Política de Ciência e Tecnologia do ex-presidente Barack Obama e é referência mundial em estratégias da sociedade para mudanças climáticas e oceanos. “É um evento muito importante, pois a importância da Economia Azul tem que ser percebida globalmente. É uma honra ser convidado e participar desse evento, que é relevante não só para a Bahia, que tem uma grande costa litorânea, mas para o Brasil e todo o planeta”, destacou o americano. Também participa do evento o ministro de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor. 

Fórum

Realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), o evento ainda tem como parceiro o The Air Center, que é diretamente vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal. O Fórum acontece no auditório do Prédio 3 do Senai Cimatec. A instituição está localizada na Avenida Orlando Gomes, número 1845. Secom

Foto: Carol Garcia/Divulgação/GOVBA

Profissões ligadas à tecnologia serão mais promissoras, mostra Senai

segunda-feira, agosto 12th, 2019

Levantamento feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que as profissões ligadas à tecnologia estarão entre as mais promissoras, pelo menos nos próximos cinco anos. No período, ocupações que têm a tecnologia como base não só motivarão a abertura de novos postos de trabalho como exigirão a requalificação de parte da mão de obra hoje disponível.

Realizado para subsidiar a oferta de cursos da instituição, o Mapa do Trabalho Industrial indica que, até 2023, o Brasil terá de qualificar 10,5 milhões de trabalhadores em ocupações industriais para fazer frente às mudanças tecnológicas e à automação dos processos de produção.

Segundo o Senai, a demanda por profissionais qualificados dos níveis superior e técnico deverá criar vagas de trabalho para trabalhadores qualificados a exercer funções pouco lembradas há algum tempo. É o caso de ocupações como condutores de processos robotizados, cujo número de vagas a entidade calcula que aumentará 22% – contra um crescimento médio projetado para outras ocupações industriais da ordem de 8,5% no mesmo período.

Além dos condutores de processos robotizados, as maiores taxas de crescimento do nível de ocupação deverão ocorrer entre pesquisadores de engenharia e tecnologia (aumento de 17,9%); engenheiros de controle e automação, engenheiros mecatrônicos e afins (14,2%); diretores de serviços de informática (13,8%) e operadores de máquinas de usinagem CNC (13,6%).

Divulgado hoje (12), o Mapa do Trabalho 2019-2023 mostra que, entre as áreas que mais vão demandar formação profissional estão a metalmecânica (1,6 milhão vagas), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão), alimentícia (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil), energia e telecomunicações (359 mil).

O topo do ranking por área, no entanto, deverá ser liderado pelas chamadas ocupações transversais, compreendidas como aquelas cujos profissionais estão aptos a trabalhar em qualquer segmento, como pesquisadores e desenvolvimento, técnicos de controle da produção e desenhistas industriais. Neste segmento, o Senai estima a criação de 1,7 milhão de vagas nos próximos cinco anos. Técnicos de controle de produção; de planejamento e controle de produção; em eletrônica; eletricidade e eletrotécnica e em operação e monitoração de computadores estão entre as 20 ocupações transversais que mais exigirão formação entre 2019 e 2023.

A demanda por qualificação prevista inclui o aperfeiçoamento de trabalhadores que já estão empregados e, em parcela menor (22%), aqueles que precisam de capacitação para ingressar no mercado de trabalho. Essa formação inicial inclui a reposição em vagas já existentes e que se tornam disponíveis devido à aposentadoria, entre outras razões.

O Mapa ainda indica que os profissionais com formação técnica terão mais oportunidades na área de logística e transporte, que exigirá a capacitação de 495.161 trabalhadores. A metalmecânica precisará qualificar 217.703 pessoas. De acordo com especialistas responsáveis pela elaboração do estudo, a área de logística destaca-se, entre outros fatores, pela necessidade de aumentar a produtividade por meio da melhoria dos processos logísticos.

O Mapa do Trabalho Industrial é elaborado a partir de cenários sobre o comportamento da economia brasileira e dos seus setores, projetando o impacto sobre o mercado de trabalho e estimando a demanda por formação profissional com base industrial (formação inicial e continuada), e serve como parâmetro para o planejamento da oferta de cursos do Senai. Por Agência Brasil

Foto: José Paulo Lacerda/Divulgação/CNI