Lavagem do Bonfim: Sem Rui Costa, ACM Neto deve “reinar” sozinho

O prefeito ACM Neto participa, na quinta-feira, dia 16/1, a partir das 8h, da programação da Lavagem do Bonfim, que tem início com a concentração da caminhada religiosa em frente à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio. Ele faz o percurso ao lado do vice-prefeito Bruno Reis, secretários, dirigentes de órgãos municipais, lideranças e políticos.

A caminhada de fiéis por um percurso de oito quilômetros até a Colina Sagrada terá início após a realização de um ato ecumênico em frente à Basílica da Conceição, com a participação do pároco e reitor do Santuário da Conceição da Praia, Adilton Lopes Pinto.

Esse ano, o andor que leva a imagem do Senhor do Bonfim será conduzido em uma grande caravela produzida pelo artista plástico Zaca Oliveira, para recordar a chegada da imagem do Senhor do Bonfim a Salvador em abril de 1745. A caravela será ladeada por um pano azul, simbolizando o mar.

A Lavagem do Bonfim é uma das festas religiosas mais importantes da Bahia e deve atrair cerca de dois milhões de pessoas. O evento faz parte da programação da festa ao Nosso Senhor do Bonfim, com celebrações católicas realizadas do dia 9 a 19 de janeiro. O tema deste ano é “Senhor do Bonfim, 275 anos de devoção, veneração e proteção”. A festa também tem um lema: “Ontem, hoje e sempre sob a sombra da tua cruz”.

Um dos momentos mais esperadosé o da lavagem das escadarias da Basílica Santuário Senhor do Bonfim, feita pelas baianas, com água de cheiro. O ato está programado para ocorrer às 13h30, sob uma alvorada de fogos e execução do hino ao Senhor do Bonfim. Muitos fiéis pagam promessa e aproveitam também para agradecer e pedir bênçãos e proteção.

História – De acordo com historiadores, o culto ao Nosso Senhor do Bonfim começou em 1745, quando a imagem do santo foi trazida pelo capitão português Teodósio Rodrigues de Farias, ao cumprir uma promessa que fez depois de ter sobrevivido a uma forte tempestade. As homenagens, no entanto, iniciaram de fato em 1754, ano em que a imagem foi transferida da Igreja da Penha, em Itapagipe, para a sua própria igreja, construída na Colina Sagrada.

A lavagem do adro da basílica teria começado a partir dos moradores da região, como preparação para a Festa do Bonfim. Por achar que o ato tinha assumido um caráter festivo exagerado e não-condizente com o local santo, a lavagem no interior do templo foi proibida em 1890 pelo Marquês de Santa Cruz, Manuel Victorino Pereira, chefe do governo provisório na época. Após a decisão, adeptos do candomblé começaram a fazer o cortejo para lavar as escadarias, reverenciando Oxalá – orixá sincretizado no Senhor do Bonfim.

A tradição acontece sempre três dias antes do segundo domingo após a Festa de Reis (6 de janeiro). Antes, era realizada apenas no Bonfim, mas depois foi estendida para o Comércio, colorindo de branco as ruas da Cidade Baixa. Depois da cerimônia religiosa, é a vez da parte profana entrar em cena, com as barracas montadas no entorno do Bonfim, muita música e manifestações culturais. Os festejos são encerrados com a também tradicional Segunda-Feira Gorda, no bairro vizinho da Ribeira. Fonte: Secom/GOVBA

Foto: Divulgação

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