Êta. O grupo radical Estado Islâmico (EI) enfrenta dificuldades financeiras. Falta dinheiro para o salário dos terroristas, para a compra de armas e carros e até para a propaganda jihadista.
A informação é do general norte-americano Peter Gersten, vice-comandante da coalizão ocidental responsável pelos ataques a bancos e poços de petróleo do EI no Iraque e na Síria, que, segundo ele, já mandaram para os ares o equivalente a US$ 800 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) desde 2014.
Isso foi um duro golpe para os extremistas. Há relatos de que as deserções aumentaram 90% – alguns terroristas estão recorrendo a receitas médicas falsas para evitar a linha de frente dos combates.
A chegada de novos membros também caiu drasticamente. Em 2014, eram ao menos 1,5 mil novos militantes por mês. Atualmente, são em torno de 200.
Documentos do EI obtidos pelo centro de estudos Middle East Forum detalham como os militantessão pagos: “O combatente recebe em média US$ 50 por mês, com um adicional de US$ 50 para cada mulher, US$ 35 para cada criança, US$ 50 para cada escrava sexual, US$ 35 para cada filho de uma escrava sexual, US$ 50 para cada um dos pais dependentes e US$ 35 para outros dependentes”.
Mas moradores de Mossul, segunda maior cidade do Iraque, que está nas mãos de EI desde junho de 2014, têm relatado nos últimos dias queixas dos combatentes por não receberem seus salários há três meses.
Foto: Reprodução/Agência Reuters
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