Lamentável. Uma mulher deu luz a uma criança na recepção da Santa Casa de Misericórdia do Hospital e Maternidade Luís Argolo no muni Santo Antônio de Jesus, neste sábado, dia 26, por volta das 6h30. De acordo com o site Voz da Bahia, uma testemunha identificada como Fernanda, contou que nenhum médico, enfermeiro ou funcionário do hospital se prontificou a colocar a cidadã numa maca e quem fez o parto foram as pessoas que estavam na frente da unidade hospitalar.
Conforme a denunciante, a criança não resistiu e morreu por falta de cuidados no momento do nascimento. “Depois que a criança estava morta, com o chão cheio de sangue, veio aparecer uma pessoa mal educada e grossa para tirar a mãe e o feto do chão. Isso é um absurdo. Não tem médico”, desabafou. A cidadã informou ainda que a gestante esteve no hospital na noite de sexta-feira, dia 25, a mandaram ir embora e retornar no dia seguinte, quando ia ter médico, mas não foi o que aconteceu.
Em entrevista ao site Voz da Bahia, a mãe Tatiane de Jesus Santos, 29 anos, residente na Rua Welington Figueiredo, que perdeu o filho, informou que esteve na unidade um dia antes, foi atendida na recepção, porém precisou voltar para casa por falta de médico. “Quando cheguei a casa, comecei a sentir fortes dores, não suportei e voltei para o hospital, mas quando cheguei à cabeça do meu bebê começou a sair. Não fizeram questão nem de me colocar numa maca, ninguém se importou com a minha situação”, afirmou. Segundo ela, se não fosse a cidadã que estava na unidade algo pior teria acontecido. Tatiane acrescentou que os médicos alegaram que a cabeça da criança estava grande e com má formação, mas a verdade é que a bebê estava mexendo quando a mesma estava em sua residência. “Meus exames não deram nenhum problema, minha ultrassonografia está boa e o médico sempre me dizia que a minha filha estava bem”, comentou. Triste com o acontecido, o marido da paciente, Girlan Cerqueira dos Santos, 23 anos, disse que, infelizmente, só tem a lamentar pelo ocorrido e não vai procurar a Justiça por está ser falha. “Não foi a primeira, nem vai ser a última criança que vai acontecer isso. Vamos pra justiça e fica na mesma, só é perda de tempo. A vida da minha filha já se foi e a própria Justiça baiana não funciona”, concluiu.
Fotos: Reprodução/ Voz da Bahia