Vixe. O prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello, conhecido como Tupã, invadiu o vestiário do Estádio Municipal Paulo Constantino no sábado, dia 12, após empate do Grêmio Prudente por 1 a 1 contra o Assisense, pela quarta divisão do futebol paulista, para ameaçar o árbitro Rafael Cesar Fernandes, conforme verificou o ESPN.com.br.
O filho do prefeito, inclusive, com o celular em punhos, disse ao auxiliar: ‘Você vai morrer, seu filho de uma p…. Estou vendo que você tem filho e esposa, teve filho agora, não é, seu c…? Você não merece ter filho e esposa seu ladrão, seu filho não merecia ter nascido de você e sua mulher deve estar com outro agora seu b…”.
O prefeito, por sua vez, em determinado momento avisou ao trio de arbitragem que é inimigo da FPF.
“Eu quero falar com o b… do assistente Rafael, que jogou o projeto de uma cidade no lixo, e não vou sair daqui sem falar com esse b…, porque eu sou o prefeito da cidade e ele não pode vir aqui e fazer o que ele fez e sair como se nada tivesse acontecido. São pessoas como vocês que afundam o futebol, por isso que a Federação Paulista está do jeito que está, eu sou inimigo declarado da FPF, pode falar lá que vou que sou oposição ao Marco Polo Del Nero, que está acabando com o futebol do interior”, teria dito o político.
Após o empate dentro de casa, o Grêmio Prudente ocupa a quarta colocação do Grupo 5 da quarta divisão do Campeonato Paulista, a três da zona de classificação, com seis rodadas por disputar antes do fim da fase atual da competição.
A ESPN tentou contato com a assessoria de imprensa da prefeitura local e também com a direção do Grêmio Prudente, mas não conseguiu até a publicação da reportagem.
O curioso é que o prefeito de Presidente Prudente já passou por incidente parecido. No ano passado, ele invadiu o gramado do estádio após a derrota do Grêmio Prudente contra o Olimpia por 3 a 2. Na ocasião, a assessoria da prefeitura avisou que “o prefeito agiu como torcedor e agiria assim em qualquer partida de qualquer modalidade esportiva se percebesse atitude desonesta contra uma equipe da cidade”.
Segundo consta na súmula daquela partida, o político teria dito ao árbitro: “Eu vou te arrebentar. Eu mando. Você acabou com o trabalho do ano inteiro. Não vai sair da cidade, seu vagabundo ladrão”. A prefeitura negou.
Confira, abaixo, a descrição dos momentos de terror vividos pelos árbitros em Presidente Prudente:
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