E agora xadrezinho. O pedreiro William Luiz Santos da Rocha, de 23 anos, que assassinou o filho Guilherme da Silva Santos da Rocha, de um ano e dez meses, e cujo corpo foi encontrado dentro de um riacho, no Parque São Cristóvão, em Itapuã, no dia 8 de abril, foi preso por uma guarnição da 49ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), na segunda-feira, dia 28, e conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O criminoso estava internado na Fundação Dr. Jesus, instituição que atende dependentes químicos, em Candeias.
O titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), delegado Marcelo Sansão, apresentou William à imprensa na tarde desta terça-feira, dia 29, no auditório do DHPP, na Pituba. O crime ocorreu na noite de 6 de abril, tendo o pedreiro arrancado o filho dos braços da mãe, quando esta saia de uma sorveteria, em São Cristovão, e fugiu com a criança. Ele chegou a agredir a ex-companheira, de quem estava separado há sete meses, com socos no rosto.
Interrogado pelas delegadas Tâmara Ladeia e Andréa Ribeiro, da 1ª DH, que presidem o inquérito e solicitaram à Justiça a prisão do homicida, William tentou negar seu envolvimento no crime. Inicialmente, alegou estar possuído por uma entidade, mas depois confessou a autoria, informando detalhes sobre o assassinato da criança.
Guilherme foi morto por afogamento, tendo o pedreiro levado o filho até um riacho. Segurando-o com o corpo submerso, contou até dez, aguardando que a criança perdesse os sentidos. Ao perceber que o menino ainda estava vivo, o jogou novamente na água e foi embora, abandonando o corpo.
Após matar Guilherme, o pedreiro perambulou pelas ruas e, por volta de 3 horas da manhã, chegou à casa de sua mãe, no Parque São Cristóvão, embriagado e com as roupas molhadas. Ali, escreveu um bilhete para seu pai de santo, identificado como Jorge. Ao lado do desenho de um lago, havia a seguinte indicação: “ligue para saber onde Guilherme está”, embora não citasse nenhum número telefônico.
O corpo da criança foi encontrado por um tio, dois dias depois do crime. Ele o reconheceu dentro do riacho, cuja localização fora informada à mãe por um desconhecido. A motivação do assassinato ainda não está clara, mas, segundo a mãe da vítima, desde a separação do casal, William tentava reatar o relacionamento.
Encaminhado ao sistema prisional, o pedreiro responderá por homicídio, considerado um crime hediondo, podendo cumprir pena de 20 a 30 anos de prisão. A apresentação do pedreiro à imprensa contou com a participação do comandante da 49ª CIPM, major PM Marcelo Barbosa.
Fonte/Foto: Ascom Polícia Civil