Vixe. Dois homens foram presos, na quarta-feira, dia 4/12, suspeitos de liderar um grupo criminoso que falsificava sementes de milho e soja, na Cidade de Luís Eduardo Magalhães, no Extremo Oeste da Bahia.
As prisões ocorreram durante a Operação Piratas do Agro, realizada de forma conjunta pela Polícia Civil nos Estados da Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Segundo a Polícia, a ação era executada nas Cidades de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, além de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, no Extremo Oeste baiano. A fraude consistia na comercialização indevida de material de baixa qualidade, que seria destinado à indústria de ração, como grãos selecionados.
Para isso, sementes de milho e soja passavam por processos de tintura e eram vendidos como grãos de alto rendimento no mercado agrícola, que é destaque no Oeste baiano.
“A procura dessa semente é muito grande, então eles falsificavam outras para que parecessem ela, inclusive, também falsificavam as embalagens e documentos fiscais, e revendiam para produtores”, afirmou o delegado Heleno dos Santos, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil (Draco) de São Luiz Gonzaga.
As embalagens eram falsificadas com o nome de uma empresa do ramo. A gráfica que produzia os rótulos com a logomarca fica em Fernandópolis, no Interior de São Paulo.
A fraude era praticada há pelo menos três anos e o prejuízo estimado é de R$ 20 milhões. Na quarta-feira (4/12), ao todo, 21 pessoas foram alvos da ação, 44 mandatos de busca em apreensão foram cumpridos em residências e 33 veículos foram apreendidos. Além disso, foram encontradas armas e agrotóxicos em situação irregular.
Também foram recolhidos notebooks e documentos, equipamentos e materiais utilizados na falsificação das sementes para a venda ilegal, conforme o delegado Rivaldo Luz, que atua na coordenação da Polícia Civil no Oeste baiano.
As investigações seguem para tentar prender outros envolvidos e esclarecer todos os desdobramentos do caso. De acordo com a Polícia Civil, os integrantes do grupo criminoso vão responder por fraude no comércio, que é uma modalidade de estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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Fotografia / Fonte: PC-RS