Pra cima deles. Uma força-tarefa deflagrada na manhã desta terça-feira, dia 10/12, no Oeste da Bahia, investiga um esquema de sonegação fiscal envolvendo um grupo empresarial do setor de comércio varejista de ferragens, máquinas e produtos agrícolas. Segundo as autoridades, o grupo teria sonegado mais de R$ 8 milhões em ICMS do fisco baiano. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Batizada de Operação Kyrios, a ação cumpriu seis mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária nas cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
A operação é conduzida pela Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Polícia Civil, que identificaram diversas fraudes tributárias. O grupo utilizava manobras como a inclusão de familiares e “laranjas” nos quadros societários, além de ocultação de bens e valores, o que também sugere práticas de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A Justiça determinou o bloqueio dos bens de pessoas físicas e jurídicas envolvidas, visando assegurar a recuperação dos valores sonegados. O grupo promovia a sucessão empresarial fraudulenta e alterava os domicílios fiscais das empresas para endereços inexistentes, dificultando a fiscalização e a cobrança dos tributos. As investigações indicam que o grupo não realizava o devido repasse do ICMS arrecadado, prática que configura crime contra a ordem tributária e acarreta sérios danos à sociedade.
Apesar de o imposto ser efetivamente pago pelos consumidores, ele não chegava aos cofres públicos, resultando em perda de receitas essenciais para políticas públicas e serviços essenciais à população.
A operação contou com a participação de cinco promotores de Justiça, quatro delegados de Polícia, 20 policiais do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), seis servidores da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), quatro servidores do MPBA e dois policiais da Companhia Independente de Polícia Fazendária (Cipfaz).
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Fotografia / Fonte: Polícia Civil
