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Com baixa nas exportações, manga sobra no mercado interno e preços despencam na Bahia

sexta-feira, novembro 1st, 2024

Suspense. A crise na produção de mangas do Vale do São Francisco, principalmente na Bahia, se aprofunda a cada semana. Os produtores enfrentam um cenário de preços historicamente baixos, comprometendo a viabilidade das atividades. Na semana passada, a variedade Palmer foi comercializada a apenas R$ 0,90/kg, enquanto a Tommy atingiu R$ 0,62/kg, representando quedas de até 30% em relação à semana anterior, de acordo com a cotação de preços diária feita pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri).

A principal causa desse desequilíbrio no mercado é a oferta excessiva da fruta, resultado da baixa demanda externa. A exportação para os Estados Unidos, principal destino da manga brasileira, foi significativamente reduzida nos últimos meses devido a problemas logísticos, como a greve nos portos norte-americanos. Com o excesso de produto no mercado interno, os preços entraram em queda livre, pressionando as margens dos produtores.

A perspectiva para as próximas semanas não é animadora, avaliam os técnicos da Seagri. A expectativa é de que os preços continuem baixos até o fim do ano, uma vez que a demanda interna não é suficiente para absorver toda a produção. A recuperação dos preços dependerá da normalização das exportações para os Estados Unidos, o que pode ocorrer gradualmente com o fim da greve nos portos.

Diante desse cenário desafiador, os produtores de manga do Vale do São Francisco buscam alternativas para minimizar os prejuízos e garantir a sustentabilidade da atividade. Entre as medidas adotadas estão a redução dos custos de produção, a diversificação da produção e a busca por novos mercados consumidores.

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Fotografia/fonte: Seagri

Fruticultura baiana atinge patamar recorde e gera quase R$ 6 bilhões em 1 ano

segunda-feira, setembro 30th, 2024

Notícia doce. A fruticultura baiana segue em ascensão e consolidando posição de destaque no cenário nacional. De acordo com os últimos dados divulgados pela pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor registrou um crescimento expressivo em 2023, impulsionado por uma série de fatores positivos. O estado alcançou um novo patamar recorde na produção de frutas, gerando R$ 5 bilhões e 700 milhões em 2023, um aumento de 16,4% em relação ao ano anterior. Essa performance coloca a Bahia como o terceiro maior produtor de frutas do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Pará.

Impulsionada pela expansão da fruticultura, a economia de diversos Municípios baianos foi revitalizada. A Mesorregião do Vale do São Francisco, o principal polo produtor do Estado, registrou um crescimento de 29% no valor da produção, atingindo R$ 2 bilhões e 400 milhões. Casa Nova também se destacou como produtor de manga, consolidando posição como o segundo maior Município produtor da Bahia. A diversificação da produção impulsionou os resultados. A manga, principal fruta produzida no Estado, apresentou um crescimento de 5,6% na produção e 61,9% no valor. Juazeiro e Casa Nova lideraram a produção e o valor gerado pela manga. 

O maracujá também contribuiu significativamente para os bons resultados, com a Bahia mantendo a liderança nacional na produção da fruta com um crescimento de 8,3%, em relação ao ano anterior, totalizando 253.857 toneladas. O valor gerado pela fruta aumentou 15,9%, chegando a R$ 545,6 milhões. Livramento de Nossa Senhora liderou a produção nacional de maracujá, com 44.395 toneladas, enquanto Ituaçu e Barra da Estiva dividiram a terceira posição com 30 mil toneladas cada.

Além da manga e do maracujá, outras frutas como o mamão e o cacau também apresentaram um desempenho expressivo. A Bahia assumiu a liderança nacional na produção de mamão, com destaque para o Município de São Félix do Coribe, com 354.525 toneladas. O Município figura no como quinto maior produtor nacional, com 46.900 toneladas.

Já o cacau lidera o ranking nacional na produção de amêndoa. Em 2023, a Bahia produziu 139.011 toneladas, ultrapassando o Pará. O valor da produção de cacau no estado aumentou 16,1%, chegando a R$ 2 bilhões e 400 milhões. Com isso, ultrapassou o Pará, cuja produção foi de 138.471 toneladas, registrando queda de 5,2% em relação a 2022.

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Fotografias/fonte: Seagri