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Enfrentamento à leptospirose em Salvador

segunda-feira, abril 15th, 2024

Olha aí. A Prefeitura, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realizou ações de inspeção e controle de infestação de roedores em cinco distritos sanitários de Salvador: Subúrbio Ferroviário (Paripe, Coutos, Periperi, Plataforma e Lobato), Pau da Lima (Canabrava e São Marcos), Cabula-Beiru (Sussuarana e Mata Escura), São Caetano-Valéria (São Caetano e Pirajá) e Itapagipe (Uruguai). A ação é coordenada pelo Setor de Vigilância e Controle das Zoonoses transmitidas por animais Sinantrópicos (Sevas), Os bairros foram escolhidos por terem um histórico de casos confirmados para a leptospirose.

“Nestes locais fazemos a inspeção e desratização, quando necessário, para reduzir a infestação de roedores e consequentemente diminuir os riscos de transmissão da zoonose para os munícipes. Além disso, realizamos inspeções e intervenções químicas em praças, orla marítima, entorno de córregos e canais e antes do período chuvoso, trabalhamos nas ruas que tem histórico de alagamento”, explicou a chefe do Sevas, Cris Yuki.

Caso precise de orientação ou ação direta contra infestações desses animais, o cidadão pode entrar em contato gratuitamente, através do Fala Salvador 156. “Além do trabalho de combate aos ratos, o Sevas atua no controle da esquistossomose, além da prevenção e controle de zoonoses transmitidas por pombos e achatina fulica (caramujo africano)”, completou Cris Yuki.

As ações são realizadas para reduzir a infestação de roedores e, consequentemente, diminuir os riscos de transmissão da zoonose para os cidadãos. Durante as atividades, os agentes de endemias orientam os moradores de como evitar a presença de roedores e como se prevenir contra a leptospirose, para que a população saiba identificar os riscos e se protejam.

Doença e sintomas – Doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, a leptospirose pode ser transmitida ao homem em situações de enchentes e inundações, quando a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama tornando vulnerável qualquer pessoa que tenha contato com substâncias contaminadas, penetrando no corpo através da pele via arranhões ou ferimentos.

Os sintomas mais frequentes são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e principalmente nas panturrilhas. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia, caracterizada pela coloração amarelada de pele e olhos, sendo necessários cuidados especiais. Para prevenir é preciso evitar o contato com água ou lama de enchentes, bem como evitar que crianças nadem ou brinquem nessas águas.

Além disso, é necessário utilizar botas e luvas de borracha, ou mesmo sacos plásticos amarrados nas mãos e nos pés, para a realização da limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto. O lixo deve ser acondicionado de forma adequada, e colocado na via pública em horários que a limpeza urbana possa recolhê-los, os alimentos devem ser armazenados de forma adequada, assim como frestas e aberturas em portas e paredes devem ser vedadas, evitando assim a presença e infestação de roedores.

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Fotografia: Bruno Concha / Secom PMS 

Casos de leptospirose têm redução em comparação a 2017

quinta-feira, maio 3rd, 2018

Mesmo com o aumento das chuvas em Salvador, o número de casos de leptospirose teve uma redução este ano, em comparação ao mesmo período de 2017. De janeiro a abril de 2018, o Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ) notificou 11 casos suspeitos, dentre os quais um foi confirmado e não houve óbito. No mesmo período do ano anterior, houve 27 notificações com oito confirmações da doença e dois óbitos.

No entanto, a coordenadora do Programa Municipal de Controle de Leptospirose do CCZ, Ana Virgínia Rocha, recomenda à população que continue em alerta, principalmente nesse período chuvoso que se estende até junho. “O número de casos aumenta nesses meses por conta dos alagamentos. A doença é causada pelo contato da pele com microorganismos pertencentes ao gênero leptospira, presentes na urina do rato. A água empoçada facilita o contágio”, explica.

O distrito sanitário com maior incidência da doença é o Subúrbio Ferroviário, seguido por Pau da Lima e Cabula/Tancredo Neves. Esse ano, o bairro com maior incidência foi Periperi. Em todo o ano de 2017, 101 casos suspeitos da doença foram notificados nas unidades de saúde, dentre os quais 40 foram confirmados com cinco óbitos. No ano passado, cinco localidades ficaram em evidência: Paripe, Coutos, Periperi, Rio Vermelho e Tancredo Neves.

Para reduzir os riscos de contaminação, o CCZ realiza diariamente a aplicação de raticida em diferentes bairros da cidade. As intervenções químicas são divididas em três ciclos e são intensificadas no período chuvoso, com foco nas áreas de deslizamento e alagamento.

Medidas preventivas – A população também pode ajudar com ações que afastam os roedores. Dentre as medidas estão manter quintais e jardins limpos; evitar acúmulo de lixo doméstico, entulho e materiais inservíveis; manter os alimentos em recipientes bem fechados; guardar o lixo em sacos bem fechados até o momento da coleta; fechar as frestas de portas, janelas e ralos e não andar descalço, principalmente em locais com possível presença de roedores.

Se a casa foi vítima de alagamento, o morador deve usar botas e luvas e, em último caso, plásticos amarrados nas mãos e nos pés. Após as águas baixarem, é preciso retirar a lama e desinfetar pisos, paredes e bancadas com água sanitária. Ana Virgínia explica que, antes de ser aplicada, a água sanitária precisa agir por 15 minutos dissolvida em água para que a limpeza tenha o efeito esperado.

Sintomas – A leptospirose é uma doença infecciosa, mas não é transmitida de uma pessoa para outra. Os sintomas comuns são febre, dor muscular (principalmente na panturrilha), vômito, diarreia, dor de cabeça, calafrio, alterações do volume urinário, conjuntivite, icterícia (amarelidão na pele) e episódios de hemorragia. Quem apresenta esses sintomas tem que procurar imediatamente uma unidade de saúde mais próxima.

 

 

Foto/fonte: PMS