Posts Tagged ‘INCÊNDIOS’

Área queimada no Brasil em 2024 cresce quase 80% e supera 30 milhões de hectares

quinta-feira, janeiro 23rd, 2025

Misericórdia. O Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas de seu território, entre janeiro e dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas, divulgados na quarta-feira, dia 30/1, 30 milhões e 800 mil hectares foram afetados pelo fogo nesse período.

A extensão da área queimada é superior à do território da Itália e a maior registrada desde 2019. O aumento representa crescimento de 13,6 milhões de hectares do que o fogo alcançou em 2023. A maior parte do território brasileiro consumido pelo fogo, 73%, foi de vegetação nativa, principalmente formações florestais.

Segundo os pesquisadores, o aumento das áreas queimadas está relacionado a um longo período seco enfrentado pelo país em decorrência do fenômeno El Niño – aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico –, que ocorreu entre 2023 e 2024. “’Os impactos dessa devastação expõem a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana como foi a do ano passado”, explicou a coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar.

O estado mais atingido pelo fogo no ano passado foi o Pará, seguido de Mato Grosso e do Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares de área queimada, respectivamente. Somente em dezembro, o país teve área equivalente a território um pouco menor que o Líbano consumida pelo fogo. O período concentrou 3,6% de toda a área queimada no país, com 1,1 milhão de hectares.

Biomas

Somente na Amazônia, queimaram-se 17,9 milhões de hectares, o que corresponde a mais da metade, 58%, da área afetada no País. No bioma, cerca de 6,8 milhões de hectares atingidos eram de formação florestal, superando a queima de pastagens, que ficou em torno de 5,8 milhões de hectares. “A mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural, nem faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, destaca o pesquisador do MapBiomas Fogo Felipe Martenexen,

Em dezembro, o bioma Amazônia respondeu por 88% do que se queimou no país, sendo 37,5% de área florestal. Foram 964 mil hectares de Amazônia, das quais 361 mil hectares eram de floresta.

No Cerrado, queimaram-se 9,7 milhões de hectares, dos quais 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve aumento de 91% da área queimada, sendo a maior atingida desde 2019. “Historicamente, o Cerrado é um bioma que evoluiu com a presença do fogo, mas o fogo de forma natural, que ocorreria, por exemplo, ocasionado por raios, durante a transição entre a estação seca e a chuvosa. O que se observa é que tem aumentado muito a área queimada, principalmente na época da seca, impulsionada principalmente, por atividades humanas e pelas mudanças climáticas”, afirma Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas.

No ano passado, o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos pelo fogo; a Mata Atlântica, 1 milhão hectares; o Pampa, 3,4 mil hectares; e a Caatinga, 330 mil hectares.

De acordo com o pesquisador do Mapbiomas Eduardo Vélez, desde o início da série histórica, em 2019, esta foi a menor área queimada no Pampa. “Esse padrão está associado aos fortes efeitos do fenômeno El Niño, que, no sul do Brasil, se manifesta de modo inverso Houve grandes acumulados de chuva no primeiro semestre de 2024, quando notavelmente ocorreram as enchentes de maio de 2024”, lembrou Vélez.

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Fonte: Agência Brasil

Fotografia: Marcelo Camargo/Reprodução/Agência Brasil

Chinês acusado de ordenar incêndios criminosos é preso na Bahia

sexta-feira, novembro 22nd, 2024

Viu aí? O homem apontado como mandante de incêndios criminosos ocorridos em 12 de setembro deste ano em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, foi preso nesta quinta-feira, dia 21/11. A ação faz parte da segunda fase da “Operação Huǒlóng: Dragão de Fogo”, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia.

O acusado, um chinês de 45 anos, tinha contra ele mandados de prisão e de busca e apreensão e estava sendo monitorado pelas equipes policiais. Ele foi interceptado na BR-324, próximo ao Parque de Exposições. Com ele foram encontrados duas pistolas Glock e a quantia de R$ 3.200.

A investida foi realizada por meio do Serviço de Investigação da 1ª Delegacia Territorial de Feira de Santana, com o apoio do Núcleo de Inteligência e da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Sertão).

As apurações indicaram que um grupo, com base em São Paulo, orquestrou a destruição de imóveis e mercadorias das vítimas como parte de disputas comerciais. 

A atuação integrada com agências de inteligência dos estados da Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul possibilitou a identificação dos principais envolvidos e resultou na prisão de três suspeitos, detidos na terça-feira, dia 19/11, nos Estados paulista e gaúcho.

De acordo com as investigações, o crime foi financiado por um empresário chinês, residente em São Paulo e proprietário de uma empresa de importação e exportação, que teria pago R$ 50 mil para a execução dos ataques. A motivação está relacionada a uma rivalidade comercial entre o mandante e as vítimas, empresários chineses residentes no Município baiano.

Um cabo da Polícia Militar de São Paulo foi indiciado como intermediário na contratação dos executores. Ele articulou a participação de quatro envolvidos, sendo responsável pela coordenação da operação criminosa.

Em setembro, uma sequência de três incêndios atingiu inicialmente um depósito de produtos importados no Bairro Pedra do Descanso, onde estavam estocados cerca de R$ 8 milhões em mercadorias.

Em seguida, duas lojas localizadas na rua Conselheiro Franco, no Centro da Cidade, também foram incendiadas. Todas as propriedades pertenciam a um mesmo grupo de comerciantes chineses. Os prejuízos foram estimados em mais de R$ 15 milhões.

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Fotografia / Fonte: Polícia Civil 

Militares do Exército enfrentam incêndios no Tocantins; fogo consumiu cerca de 250 mil hectares na Ilha do Bananal

domingo, setembro 15th, 2024

Se ligue. O combate aos incêndios florestais no Tocantins ganhou o reforço das Forças Armadas. O Exército enviou 190 militares para ajudar o Corpo de Bombeiros, os brigadistas, a Defesa Civil e os órgãos estaduais de meio ambiente na contenção das chamas.

A equipe chegou no sábado, dia 14/9, e começou a trabalhar neste domingo, dia 15/9. Os integrantes do Exército estão distribuídos da seguinte forma: em relação aos militares especializados no combate a incêndios, 60 foram para a Ilha do Bananal, principal foco de incêndio no Estado; 60 trabalham na Região Metropolitana da Capital, Palmas; e 40 formam um contingente de reserva para reforçar as equipes. Além da equipe especializada, 30 militares dão suporte logístico à operação.

A força-tarefa de combate aos incêndios florestais no estado se reuniu no sábado no 22° Batalhão de Infantaria Mecanizado do Exército, em Palmas. O governo estadual participou do encontro por meio do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil Estadual, do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e de outros órgãos envolvidos nos trabalhos.

Neste ano, o fogo consumiu cerca de 250 mil hectares na Ilha do Bananal, reserva da biosfera e uma das áreas de maior biodiversidade do país por ficar numa zona de confluência entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. Os ventos fortes e que mudam de direção dificultam o controle das chamas.

A maior preocupação da força-tarefa na Ilha do Bananal neste momento é a Mata do Mamão, habitat de povos indígenas isolados, onde 8 mil hectares foram devastados. A Ilha do Bananal abriga três etnias indígenas.

Outros pontos turísticos do Tocantins foram afetados por incêndios recentes. No período de 4 a 7 de setembro, o Parque Estadual do Jalapão, que abriga as famosas Dunas do Jalapão, ficou fechado por causa do fogo que atingiu cerca de 10 mil hectares na Serra do Espírito Santo. Um dos portais de entrada do parque, a Lagoa da Serra, teve quiosques destruídos pelo fogo, o que forçou a evacuação às pressas de um grupo de turistas de São Paulo.

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Fonte: Agência Brasil

Fotografia: Marcelo Camargo/Divulgação/Agência Brasil

Incêndios atingiram 230 mil hectares de cana em São Paulo

sábado, setembro 7th, 2024

Muito fogo. Pelo menos 231 mil hectares de lavouras de cana-de-açúcar foram atingidos pelos recentes incêndios registrados no Interior de São Paulo. O dado é fruto de levantamento parcial realizado pela UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) junto às usinas do Estado e refere-se aos incêndios ocorridos em agosto. As empresas com os números já contabilizados representam mais de 75% da produção paulista de cana-de-açúcar.

De acordo com o levantamento, 132,04 mil hectares são de áreas que ainda seriam colhidas. O restante, ou seja, perto de 100 mil hectares, é referente a locais em que a cana-de-açúcar já havia sido colhida ou a lavouras de cana-planta (plantadas nesse ano para colheita no próximo ciclo agrícola).

As Cidades de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São Carlos foram as mais atingidas pelos incêndios, respondendo por cerca de 90% da área queimada apurada até o momento. Nas Cidades de Piracicaba, Araçatuba e Assis o impacto dos incêndios foi menor.

Combate e prevenção

A UNICA e suas associadas colocaram à disposição do Estado de São Paulo toda a estrutura de combate ao fogo já disponível nas usinas. Mais de 1mil e 500 caminhões-pipa e cerca de 10 mil colaboradores do setor sucroenergético treinados para combater incêndios continuam atuando sob coordenação do governo estadual.

“Nesse momento, os esforços do setor sucroenergético seguem dedicados à prevenção e combate dos focos de incêndio, com segurança aos colaboradores e colaboração com o Governo do Estado”, destaca o diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues.

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Fotografia/fonte: UNICA

Bombeiros atuam em queimada na Serra do Mimo

domingo, setembro 22nd, 2019

Misericórdia. Desde a madrugada de sexta-feira, dia 20/9, equipes especializadas em combate a incêndios florestais do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia atuam em conjunto com bombeiros militares do 17º grupamento na queimada que atinge a Serra do Mimo, na Cidade de Barreiras.

Mais de 15 homens foram para o local, na madrugada desta sexta-feira, dia 20/9, e iniciaram os trabalhos na altura do bairro Jardim Europa.


Até as 9h, os militares já haviam percorrido mais de 5 km de serra no controle às chamas. O local é de difícil acesso, e os bombeiros utilizam ferramentas de sapa (pás, foices, enxadas, picaretas, etc.) para adentrar a mata.

De acordo com o capitão BM Florinato Sertão, que comanda a operação no local, não há nenhum risco iminente a casas ou pessoas. A linha de fogo está na parte alta da serra e queima vegetação seca.


Ainda segundo o capitão, a estratégia utilizada pelas equipes é de isolamento, típica do revelo e vegetação encontrados na área, que consiste em afastar o material queimado daquele que ainda não queimou para evitar a propagação das chamas.

Fotos/fonte: SSP-BA

Sete estados já pediram apoio federal para combater incêndios

segunda-feira, agosto 26th, 2019

Um despacho do presidente Jair Bolsonaro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) no domingo, dia 25/8, autorizou o emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios florestais no Acre, Mato Grosso e Amazonas. Com isso, são sete os estados que solicitaram apoio federal nas operações, já que Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará haviam feito o pedido desde a última sexta-feira (23), quando o presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que permite a atuação dos militares da União. A medida vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal

Segundo o texto, o emprego dos militares será autorizado apenas mediante requerimento do governador de cada estado da região. A Amazônia Legal é um território que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, do Tocantins e do Maranhão. 

Ontem (24), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações.

Já o Ministério da Economia informou hoje (25), em nota ter aprovado o descontingenciamento imediato R$ 38,5 milhões do orçamento da Defesa para custear os trabalhos de combate aos incêndios conduzidos pelas Forças Armadas.

Aviões em operação

A Força Aérea Brasileira (FAB) está empregando, desde ontem (24), duas aeronaves C-130 Hércules no combate aos focos de incêndio na Amazônia. Os aviões são operados pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte e têm usado o aeroporto de Porto Velho como base. Fonte: Agência Brasil

Foto: Divulgação/FAB