Êta. O cantor Robyssão está sendo processado pelo Grupo Gay da Liberdade (GGL). Segundo o presidente do grupo, Giliarde Silva Santos, a música interpretada pelo artista que tem o título “Quem banca é o ‘viado’”, faz apologia à homofobia e à prostituição.
Além do GGL, representantes do Grupo Gay da Bahia (GGB) e do grupo Gays e Lésbicas em Movimento (GLM) foram na manhã desta terça-feira (13), ao Núcleo LGBT, do Observatório Permanente da Descriminação Racial e LGBT, da Secretaria Municipal de Reparação de Salvador, registrar queixa e solicitar encaminhamento do caso para o Ministério Público. O órgão municipal formalizou a denúncia e em seguida repassou para os componentes da comissão formada pelos denunciantes, que deram entrada no Ministério Público (MP).
A responsável pelo Núcleo LGBT da secretaria, Zu Mota, disse que a denúncia da comissão foi devidamente formalizada. “Demos subsídio como órgão público que somo, para dá prosseguimento a denúncia. Agora eles têm uma queixa documentada”, afirma Zu Mota.
Segundo Giliarde a música ofende não só a comunidade gay, mas todas as pessoas de bem e familiares de homossexuais que também sofrem com a descriminação. “Ouvi essa música tocar enquanto estava em casa com minha mãe no final do ano passado. Minha mãe ficou constrangida com a agressão por causa da letra da música, e pediu logo para tirar. Ela achou uma falta de respeito não só com gays, mas com os familiares. Sem contar que depois da gente lutar tanto para combater a homofobia, vem uma música como essa incentivar a homofobia e atribuir prostituição a relação homossexual”, desabafa.
Segundo o líder do GGL, o processo foi aberto no Ministério Público e encaminhado para a promotora de Justiça Rita Tourinho.
De acordo com a assessoria de Robyssão, o artista não vai se pronunciar sobre o assunto.
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