Vixe. A categoria dos servidores públicos federais do Seguro Social (INSS) decidiu deflagrar o movimento de greve, por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira, dia 16/7, em todo o Brasil. A Bahia possui mais de 2 mil dos 19 mil servidores do Brasil, distribuídos em sete gerências regionais.
Na pauta de reivindicações dos trabalhadores está a exigência de nível superior para as funções técnicas, carreira típica de Estado com reestruturação, melhoria das condições de trabalho e modernização de equipamentos e instalações, além do veto à extensão das gratificações GDAS – visa o recebimento das diferenças aos inativos e pensionistas do INSS que têm direito a paridade constitucional.
Segundo o coordenador do Sindicato no Estado, Edivaldo Santa Rita, nos últimos anos não houve nenhuma licitação para a contratação de serviços como reforma e climatização para as agências da Previdência. Segundo ele, as condições precárias prejudicam o atendimento, a produtividade dos servidores e traz desconforto para o segurado. A perda de postos como Comércio e Praça da Sé também são apontas pela categoria.
Êta. Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ligados ao Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo iniciaram na quarta-feira, dia 10/7, uma greve a nível nacional. A paralisação ocorre por falta de acordo com o governo federal sobre reajuste salarial, e atinge tanto quem trabalha de forma presencial nas agências quanto aqueles que atuam em home office.
A paralisação pode afetar a análise da concessão de benefícios como aposentadoria, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), atendimento presencial (exceto perícia médica e análise de recursos e revisões de pensões e aposentadorias. Apesar das inúmeras rodadas de negociação com o governo, não houve acordo quanto ao reajuste salarial da categoria.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no estado de São Paulo (SINSSP) ficou aprovada a instalação do comando de greve, com a primeira reunião marcada para o dia 12, para analisar os rumos do movimento.
O INSS tem 19 mil servidores ativos no quadro. A maioria – 15 mil – formada por técnicos – responsáveis pela maioria dos serviços da instituição, além de 4 mil analistas. Ao todo, 50% dos servidores, ainda estão no trabalho remoto, em home office.
Medidas
Por meio de nota, o INSS informou que vai estudar medidas de contingenciamento para que a população não seja afetada. No entanto, “balanço da paralisação iniciada nesta quarta-feira aponta que não houve impacto no sistema e no atendimento do INSS”.
O instituto diz ainda “que mais de 100 serviços do INSS podem ser realizados pela plataforma Meu INSS, que tem versão para celular (app) e desktop. Além da Central de atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, de 7h às 22h”. Os cidadãos e cidadãs que necessitarem de algum serviço do INSS, como requerimento, cumprir exigência, solicitar auxílio-doença, por exemplo, podem utilizar esses meios.
O INSS avalia que não há como relacionar greve de servidores iniciada nesta quarta-feira com os efeitos da checagem de benefícios que vai começar somente em agosto próximo.
Outra convocação
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social marcaram para entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira (16). Esse movimento, convocado pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), comunicou por ofício à ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, e ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, sobre a paralisação da categoria em todo o país.
No documento, a entidade de classe, informa que “após análise das propostas apresentadas pelo governo, entenderam que a negociação teve poucos avanços”. O texto diz ainda que [o governo] em vez de apresentar de proposta nova que fortaleça a carreira do Seguro Social, piora com o alongamento da carreira de 17 para 20 níveis e pela criação de gratificação de atividade”. A proposta é muito aquém das perdas salariais da categoria que superam os 53% no último período. A entidade enumera também que o acordo da greve de 2022 até agora não foi cumprido pelo governo.
A Fenasps explica que no dia 31 deste mês, encerra o prazo para o INSS se adequar a Instrução Normativa 24 (IN24), que transforma os atuais programas de Gestão, em Programas de Gestão e Desempenho, o que significa uma piora na pressão para cumprimento de metas e a possibilidade de desconto de salário no caso das metas não serem atingidas, bem como a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os servidores.
A entidade convoca a categoria a participar das assembleias estaduais para definir os rumos do movimento.
De volta. Depois de 53 dias de paralisação, peritos médicos do INSS retomam o atendimento aos beneficiários nesta segunda-feira 23/5. O fim da greve foi anunciado na sexta-feira 20/5, depois de um acordo entre a categoria e o Ministério do Trabalho e Previdência.
Nesta segunda-feira (23), serão atendidos beneficiários que já estavam com consultas agendadas para o dia. Para quem teve a perícia marcada durante a paralisação, a orientação é fazer o reagendamento pelo site, pelo aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135.
No acordo, ficou estabelecido que, se o reajuste dos servidores for linear para todo o funcionalismo, os peritos receberão o mesmo índice. A negociação ainda garantiu a devolução integral e imediata dos valores descontados durante a greve.
A greve dos servidores técnicos do INSS ainda está em vigor. Segundo a Associação dos Médicos Peritos da Bahia, mais de 22 mil perícias deixaram de ser realizadas no estado durante a paralisação.