As unidades de atendimento da Rede SAC na capital e no interior do estado estarão fechadas na próxima terça-feira, dia 2 de julho, feriado da Independência da Bahia. Na segunda-feira (1º), o funcionamento é normal, exceto no posto SAC Valença e em dez Pontos SAC pelo interior, todos em cumprimento a decretos municipais. As unidades fechadas ficam nas cidades de Barra da Estiva, Bom Jesus da Lapa, Cruz das Almas, Cícero Dantas, Coaraci, Inhambupe, Ipirá, Jaguaquara, Mucugê e Rio Real. Toda a rede SAC retoma o atendimento na quarta-feira, dia 3 julho.
A Rede SAC possui 71 unidades de atendimento, sendo 36 Postos (na capital, região metropolitana e interior) e 32 Pontos SAC. Além disso, operam três rotas do SAC Móvel, unidades itinerantes que percorrem localidades que não possuem SAC. Para outras informações sobre serviços prestados, horários de atendimento e endereços, a Secretaria da Administração (Saeb) disponibiliza o aplicativo e o portal do SAC Digital e o site institucional do SAC. Fonte: Secom
O tradicional desfile do Dois de Julho, que acontece na terça-feira, dia 2/7, em Salvador, vai contar com 934 profissionais das forças de segurança estaduais, entre policiais militares, civis e técnicos, além de bombeiros militares.
A festa, que marca a Independência da Bahia, terá policiamento ostensivo realizado por 800 PMs dos Batalhões de Choque e de Operações Policiais Especiais (Bope), do Esquadrão de Motociclista Águia, da Cavalaria, do Grupamento Aéreo, além de outras unidades da corporação e o emprego de sete bases móveis.
Antes e durante o festejo, as regiões da Lapinha, Soledade, Estrada da Rainha, Ladeira do Canto da Cruz, Rua são José de Cima, Rosário e Campo Grande serão acompanhadas por efetivos que realizarão patrulhas para evitar qualquer tipo de ocorrência policial.
Delegados, investigadores e escrivães das 1ª e 2ª Delegacias Territoriais (Barris e Liberdade, respectivamente) e da Delegacia Especial de Proteção ao Turista – unidades que cobrem o circuito do cortejo – estarão distribuídos nas DTs e em alguns pontos estratégicos.
Já os peritos vão atuar no plantão de 24 horas na sede do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Com ambulâncias e viaturas de Auto Bomba Tanque Salvamento, o Corpo de Bombeiros Militar também estará presente no desfile para atender possíveis ocorrências de emergências.
Há precisamente 196 anos, a união dos cidadãos baianos resultou na libertação do estado do domínio da Coroa Portuguesa, culminando de vez com a Independência do Brasil. Neste ano, a celebração pelo Dois de Julho, data magna do estado, tem como foco a participação popular com a temática “Patrimônio do Povo”. A festividade é organizada pela Prefeitura, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM).
Com início às 6h, a programação do desfile da Independência será aberto com uma alvorada de fogos no Largo da Lapinha, seguido do cortejo cívico, que terá a presença do prefeito ACM Neto. A programação contempla ainda o hasteamento de bandeiras realizado por representantes da sociedade civil, autoridades municipais, estaduais e das Forças Armadas, acendimento da Pira do Fogo Simbólico e encontro de filarmônicas.
De acordo com o historiador Francisco Senna, a presença do público nas ruas do cortejo cívico para se manifestar e reverenciar a história travada por batalhas acirradas é motivada pela essência das batalhas: a importância da união popular no processo de luta até a libertação do estado das tropas portuguesas e a permanência do sentimento de missão cumprida pelos baianos.
“O cortejo, essa manifestação de alegria e espontaneidade nunca foi organizada por militares, sempre foi organizada por uma comissão civil. Diferente do 7 de Setembro, o Dois de Julho tem outro foco, com o povo desfilando, se manifestando e vibrando. É uma organização desorganizada, pois não tem cordas, todos participam. É a festa mais bonita da Bahia tanto pela participação popular quanto pelo simbolismo”, detalhou o professor.
Os símbolos do Caboclo e da Cabocla são marca registrada da festa e buscam proporcionar uma reflexão sobre o povo, os habitantes e os herdeiros originais do território brasileiro: os índios. As esculturas em madeira dos caboclos – tanto a original esculpida pelo artista Manoel Inácio da Costa quanto a réplica – representam justamente o povo, o que demostra que a participação popular está intrinsecamente ligada ao movimento que culminou na Independência da Bahia.
Figuras populares históricas – Segundo Francisco Senna, diversos pontos históricos mostram o quanto a participação da população foi imprescindível no processo. Um dos momentos emblemáticos é o assassinato do soldado Tambor Soledade, mártir da Independência. Ele foi atacado por uma canhoneira enquanto comemorava, em Cachoeira, o resultado da votação da consulta de base com os deputados que aprovou a proposta de Independência do Brasil.
Mas há outros nomes tão importantes quanto este registrados na história baiana e que colaboraram nas lutas, a exemplo das guerreiras Maria Quitéria e Maria Felipa. Disfarçada de homem, Quitéria ingressou no Exército para fazer resistência a Portugal. Já Felipa lutou bravamente na Ilha de Itaparica, ao lado de outras marisqueiras, com o auxílio apenas de pedaços de pau e ramos de cansanção.
“Houve a liderança de nobres no movimento, mas quem lutou, foi à frente e deu sua vida a prêmio, foi o povo – brancos mais humildes, negros, índios. Foi o povo quem abraçou a causa e alguns grupos populares se destacaram, como as marisqueiras da Ilha de Itaparica e os boiadeiros de Pedrão que ainda desfilam no cortejo. Foi assim que se constituiu uma luta popular de fato”, destacou Senna.
O historiador complementa que a essência da celebração do Dois de Julho se fortalece a cada ano. “É uma festa rica em simbolismo, registros históricos, monumentos, reúne pessoas de todas as idades, escolas, grupos folclóricos, capoeiristas, baianas e até a classe política. Esse espirito não morre! Tem autenticidade e espontaneidade, todos participam. A história todos conhecem, então é uma festa viva!”, finalizou. Ascom/PMS