Nesta quinta-feira, dia 3, além da prisão de mais dois membros do comitê executivo da Fifa, o porta-voz do Comitê de Ética da entidade máxima do futebol revelou que o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, está sendo investigado por “suspeita de diversas infrações às regras de ética”.
A investigação começou em 23 de novembro, três dias antes do dirigente brasileiro entregar seu cargo como membro do comitê executivo da Fifa, em reunião da Conmebol no Rio de Janeiro – o vice da Região Norte, Fernando Sarney, foi indicado para seu lugar.
Del Nero não viajava aos encontros do órgão máximo do futebol desde maio passado, quando aconteceu a primeira leva de prisões em Zurique (Suíça), na qual sete cartolas foram detidos, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
“Abrimos procedimento formal na Câmara de Investigação do Comitê de Ética no dia 23 de novembro contra o senhor Del Nero. Posso confirmar isso agora. O motivo é suspeita de diversas infrações às regras de ética da Fifa. É uma suspeita”, disse Andreas Bantel, o porta-voz do Comitê de Ética, em Zurique.
O atual mandatário da CBF é também investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos – que deflagrou as prisões na Suíça em maio e dezembro. Marco Polo del Nero estaria entre os envolvidos no recebimento de propina por contratos fechados pela Traffic e pela Klefer (Marin e Ricardo Teixeira, idem).
As prisões desta quinta – do mandatário da Conmebol, Juan Ángel Napout, e do chefe interino da Concacaf, Alfredo Hawit – têm a ver com as suspeitas de recebimento de milhões de dólares de propina pelos direitos de transmissão da Copa América Centenário, que será disputada em 2016 nos Estados Unidos.
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