Tá vendo aí? Uma equipe da Delegacia do Consumidor (Decom) notificou na tarde desta segunda-feira, dia 17, o restaurante Caranguejo do Porto, no bairro do Costa Azul. De acordo com informações da delegada titular Carla Ramos, foram encontrados cerca de 20 quilos de frutos do mar estragados. “Todo o material foi destruído no local. Não havia notas fiscais que explicassem a procedência dos produtos”, afirmou.

A unidade da Barra também seria fiscalizada, mas o restaurante estava fechado. O proprietário dos estabelecimentos, Abson Silva Che, de 43 anos, foi preso na última sexta-feira, dia 14, e liberado após pagamento de fiança, estipulada em 10 salários mínimos, no domingo, dia 16. Ele foi detido após a polícia encontrar, no depósito onde ele armazenava os alimentos, frutos do mar sem licença e sem a devida refrigeração.

A polícia chegou ao depósito do restaurante através de um mandado judicial, após uma série de denúncias de moradores da Rua Pituaçu, na Boca do Rio. O depósito fica localizado em uma área residencial e o cheiro estava incomodando os vizinhos. Quando chegaram ao local, os policiais se depararam uma cena impressionante. “O que mais espanta é a situação do depósito. É um lixão a céu aberto, com condições extremamente inapropriadas para o armazenamento de alimentos”, disse Ramos.

No local, foram encontrados cachorros, um papagaio, restos de carros e pneus, além de outros objetos. A polícia ainda encontrou caranguejos mortos e outros circulando pelo ambiente, que tem focos do mosquito da dengue. Não havia qualquer tipo de aferição da temperatura dos equipamentos que deveriam manter os frutos do mar em condições básicas para a ingestão humana. O empresário, inclusive, não possui alvará para manter o depósito. No local, a polícia encontrou, ainda, notas de saída que comprovavam a venda dos frutos do mar para outros restaurantes da cidade, como a Cabana da Cely e Centollas.

 
Foto: Divulgação/Polícia