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Pesquisadores internacionais avaliam baiano com a cabeça virada para trás

quarta-feira, abril 8th, 2015

Claudio Oliveira, baiano de Monte Sangue com cabeça virada para trás (Foto: Arquivo pessoal)

Exemplo de vida. Dois pesquisadores de psicologia visitam na Cidade de Monte Santo o morador Claudio Vieira de Oliveira, que tem as pernas atrofiadas, os colados no peitoral e a cabeça virada para trás. Ele serve como estudo de caso de uma pesquisa que visa entender como ocorre a detecção de rostos pelo cérebro. O baiano tem uma doença rara chamada Artrogripose Múltipla Congênita (AMC). A coleta de dados começou nesta terça-feira, dia 7, e se estende até a quinta-feira, dia 9.

“Eu e meu colega fazemos parte de uma equipe de quatro pessoas. Nosso estudo é sobre como o cérebro reconhece as coisas em volta e, principalmente, reconhece os rostos. Nós nunca tínhamos visto um caso deste antes. A visão dele parece normal. Um colega meu ouviu falar do caso [em programa de canal internacional de TV] e pareceu muito interessante para testarmos a nossa hipótese”, diz a professora assistente do Departamento de Psicologia da Universidade de Brunel, em Londres. Ela está acompanhada de um investigador que atua na Universidade de Havard, nos Estados Unidos.

Claudio Oliveira em 2000, quando encontrou Papa João Paulo II, no Vaticano (Foto: Arquivo pessoal)

Outras pessoas também são submetidas aos testes para servir de comparação ao caso de Claudio. “Eles querem entender como eu enxergo, porque, devido à minha posição, deveria ver tudo de cabeça para baixo, mas, não, vejo tudo normal. Eles fizeram testes psicológicos, várias perguntas sobre como enxergo, se tenho visão boa de longe ou perto. Pediram para fazer algumas leituras, fizeram alguns desenhos e perguntaram se eu sabia distinguir o que eram os desenhos”, descreve. Segundo a pesquisadora, são realizados testes cognitivos com auxílio do computador ou do papel. do G1

 

Fotos: Arquivo Pessoal

Com 70 quilos, menino de 3 anos espera por exame para ser diagnosticado

sexta-feira, setembro 26th, 2014

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Pai do céu. Um menino de 3 anos que já pesa 70 quilos preocupa a família, que não tem condições de pagar por um exame que poderia diagnosticar a doença que causa o excesso de peso. O menino Misael tem dificuldades para realizar atividades básicas, como andar e respirar. “Ele é um neném ainda, pede colo, e eu não posso dar”, lamenta a mãe, a dona de casa Josiane de Jesus.
A mãe conta que o filho engorda cerca de três quilos por mês. A suspeita é que ele sofra de uma síndrome. Misael nasceu com 3,750 kg, peso normal, mas já nos primeiros meses começou a engordar. “Ele engordava 300 gramas por mês, que é mais do que o esperado. Os médicos alertavam, mas eu dizia que não estava dando nada do que ele não poderia comer. Com um aninho, ele engordava cerca de três quilos por mês e não parou mais”, relata.
Visitas a médicos não esclareceram as causas para a obesidade infantil – mesmo com exame detectando hipotireoidismo, o tratamento com medicamentos não ajudou. Pelo contrário, depois de começar a tomar remédios, Misael engordou mais.
O menino foi encaminhado para uma geneticista que trabalha em Vitória e foi quem levantou a possibilidade do menino sofrer de uma síndrome que faz engordar. O exame para diagnosticar custa mais de 1 de mil e não é feito em Vitória, por isso precisou de um pedido especial à Secretaria de Saúde. O exame é uma pesquisa molecular por síndrome de Prader Willi.
O menino mora em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo e faz tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Ele tem dificuldades para andar, para levantar, para respirar. Às vezes chora a noite toda porque não consegue dormir, devido à dificuldade de respirar”, diz a mãe. Ela diz ainda que não colocou o menino em creche porque algumas crianças se assustam com o tamanho do seu filho.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que o exame está em processo de compra, por se tratar de algo raro e caro, e deve ser finalizado até o fim do mês.

Foto: Reprodução/TV Gazeta