As obras de contenção das margens do Rio São Francisco em Malhada (BA) foram concluídas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A medida evita o desmoronamento da margem do rio e a ocupação de áreas de preservação. O investimento do governo federal foi de R$ 34 milhões.
“Nós, da Codevasf, executamos ações convergentes com o Plano Novo Chico, do governo federal. Temos experiência em revitalização das bacias e desenvolvimento regional sustentável. Essas obras promovem a recuperação e a preservação do rio, o que garante mais qualidade e quantidade de água para a população. Os beneficiados, em última instância, são os cidadãos”, afirmou o diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas da Codevasf, Inaldo Guerra.
Entre as ações executadas estão a correção dos taludes, a execução de defletores de fluxo, a instalação de cais e aguada (para que animais aproximem-se da margem do rio em áreas específicas), o plantio de mudas de espécies nativas e o cercamento de área de preservação. Também foram desenvolvidas ações de educação ambiental para a conscientização da população ribeirinha.
As espécies nativas usadas no trabalho de recomposição vegetal foram calumbi, são joão, juá, unha de gato, pajeú, canafístula, cafezão, muquém e jatobá. As ações de educação ambiental, por sua vez, foram realizadas por profissionais de assistência social que esclareceram as populações, inclusive comunidades escolares, sobre as intervenções realizadas ensinando a comunidade a proteger o rio.
Para conter o avanço do rio em época de cheias, foi feito um cais de proteção em convênio com o município e um muro de proteção em pedra argamassada. No local, foi feito retaludamento dos trechos urbanos, para proteção de imóveis e praças, e rurais, para recompor os taludes que desmoronam com o avanço das cheias e geram o assoreamento. Também foi executado o reflorestamento das plataformas e dos taludes, além do cercamento das áreas e criação de acessos a bebedouros para animais à beira do rio.
“Com isso, criou-se condição para o talude absorver o impacto da correnteza, principalmente nas cheias, evitando o seu desmoronamento garantindo a preservação das margens. Com o cercamento, é delimitado o acesso de pessoas e animais, evitando a destruição da mata ciliar. Simultaneamente a tudo isso, educamos a comunidade para a preservação do rio”, destacou Cláudio Márcio Silva, gerente regional de Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura da Codevasf em Bom Jesus da Lapa e fiscal da ação.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Codevasf