
Vixe. Um delegado da Polícia Civil da Bahia, foi afastado de suas funções por 90 dias após ser alvo da operação “Ouro de Tolo”, deflagrada na manhã de quarta-feira (20/8). Além da suspensão do cargo, ele também perdeu o direito ao porte e posse de armas de fogo. As investigações apontam que o policial teria solicitado vantagens indevidas a garimpeiros das Cidades de Cansanção e Nordestina, no Interior do Estado.
As apurações tiveram início a partir de áudios enviados à Corregedoria da Polícia Civil, nos quais o delegado aparece pedindo benefícios a garimpeiros e empresários locais. De acordo com a investigação, as delegacias comandadas por ele mantinham supostas ligações com criminosos da região, incluindo traficantes de drogas.
Movimentações milionárias e falsificação de documentos
Um Relatório de Inteligência Financeira anexado ao inquérito revelou movimentações superiores a R$ 12 milhões em contas pessoais dele nos últimos três anos. O montante foi considerado incompatível com sua renda oficial.
As suspeitas não param por aí. Conversas extraídas durante a investigação mostram que o delegado chegou a orientar um advogado a falsificar documentos para liberar valores apreendidos em operações policiais. Há também indícios de recebimento de recursos de mineradoras, comerciantes e postos de combustíveis da região.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, policiais encontraram R$ 90 mil em espécie, além de um celular, uma pistola e uma espingarda calibre 12 com registro vencido na residência do delegado.
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Fotografia / Fonte: Polícia Civil