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Uma das piores doenças da banana precisa de vazio sanitário de 2 anos, diz Embrapa

segunda-feira, outubro 14th, 2024

Enfrentamento à doença. Com base em resultados de pesquisa da Embrapa Amazônia Ocidental (AM) em parceria com Embrapa Roraima, cientistas recomendam o período de 24 meses para o vazio sanitário de bananeiras para a recomposição de áreas de terra firme afetadas pela murcha-bacteriana ou moko da bananeira. A doença é causada pela bactéria Ralstonia solanacearum raça 2, uma praga quarentenária presente sob controle oficial, que se encontra disseminada nos Estados do Amapá, Amazonas, Roraima, Pará, Pernambuco, Rondônia e Sergipe.

O moko é uma das doenças mais destrutivas das bananeiras cultivadas em áreas de várzea da Região Amazônica, onde as inundações anuais são o ponto crucial para disseminação da bactéria, pois as águas das enchentes disseminam o patógeno ao longo dos rios, contaminando todos os plantios à jusante do bananal afetado.

Nos Municípios de Tabatinga e Manicoré, no Amazonas, por exemplo, os plantios são afetados pela doença, pois estão estabelecidos nas áreas de várzea da calha do Alto Solimões e do Rio Madeira, respectivamente. Nesse caso, a erradicação do mal é praticamente impossível, pois, todos os anos, as áreas são inundadas e as águas das enchentes disseminam a bactéria.

Nas áreas de terra firme, a bactéria se comporta como um patógeno transeunte do solo, pois sobrevive nesse ambiente por tempo limitado. Ela não resiste na ausência de resíduos da planta hospedeira e tampouco produz endósporos, que são estruturas de resistência que garantem a sua sobrevivência sob condições de estresse ambiental. Após o vazio sanitário de dois anos, pode-se plantar novamente bananeiras de mudas sadias no local.

Não há cultivares resistentes, e o controle químico também não funciona, porque a doença é vascular, informa os pesquisadores da Embrapa Luadir GasparottoMirza Carla Normando e Daniel Schurt, no Comunicado Técnico 168 “Sobrevivência da bactéria Ralstonia solanacearum raça 2,” lançado este ano.

“Em áreas de terra firme, a doença só ocorre quando os produtores utilizam, no plantio, mudas contaminadas oriundas das várzeas. A bactéria é disseminada por contato das raízes entre as plantas e, em poucos meses, causa a morte de todo o plantio”, explica Gasparotto.

Como a disseminação de R. solanacearum raça 2 para as áreas de terra firme é antrópica (causada por ação humana), ela pode ser evitada com medidas de exclusão, ou seja, plantio de mudas sadias, desinfestação de máquinas e implementos utilizados no bananal doente e proibição do trânsito desordenado de veículos, de pessoas e de caixas usadas para transporte das bananas entre os plantios.

Segundo a pesquisa, as medidas de erradicação apresentam bons resultados em plantios de banana em terra firme, mas, para recomendar a erradicação, foi importante definir o período de sobrevivência da bactéria no solo. Por isso, foi realizado um experimento por dois anos, na Embrapa, quando foi avaliada a sobrevivência de mudas de bananeira das cultivares Prata Anã e PV03-44, em solos infestados com a bactéria.

Fonte: Embrapa

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 Fotografia: Luadir Gasparotto/Divulgação/Embrapa

Ventania devasta plantações de banana e atinge centenas de produtores

domingo, fevereiro 18th, 2024

Muito prejuízo. Entre terça-feira e quarta-feira, 13 e 14/2, vários Municípios do Vale do Ribeira, em São Paulo, foram fortemente afetados por ventos intensos. Um dos maiores impactos foi na Cidade de Sete Barras, onde bananais caíram e prejudicaram os cachos formados, interferindo diretamente na comercialização. Cerca de 200 produtores tiveram prejuízos nas plantações de banana

Por conta do impacto da ventania, a tendência é que a oferta de banana paulista siga baixa nas próximas semanas. Segundo a imprensa local, estima-se que cerca de 2 mil hectares foram atingidos pela ventania em Sete Barras, onde houve ainda tombamento de bananais em pelo menos 500 hectares.

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Fotografia: Reprodução

Plantação de banana encerra 2021 com alta dos custos e menor renda aos produtores

sábado, dezembro 25th, 2021

A valorização do dólar frente ao real, fatores climáticos e a volatilidade do preço da banana apontam para um cenário incerto para os produtores da fruta em 2022, é o que mostra um levantamento do Centro de Inteligência em Gestão e Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) elaborado com base nos dados do projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

O aumento nos custos de produção foi o motivo de maior preocupação do produtor ao longo deste ano. O Custo Operacional Efetivo (COE) que engloba todos os desembolsos realizados pelo produtor em um ciclo produtivo apontou que os custos de produGráfico 1. Indicadores econômicos do modal produtivo de banana – (R$/ton). 0,00 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 R$/tonelada COE Depreciações + Pró-labore RM MB ML Fonte: Projeto Campo Futuro – CNA/Senar. Elaboração: CIM/UFLA. FRUTICULTURA ção aumentaram nas propriedades típicas dos estados da Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, principais regiões produtoras das bananas: caturra, nanica e prata.

Analisando o mês de novembro, depois de um primeiro semestre de preços em queda e um segundo marcado pela volatilidade, a reação das cotações no mercado interno proporcionou margens brutas (MB = Receita – COE) positivas para todas as praças analisadas (Gráfico 1). Porém, o impacto dos custos fixos ainda não foi superado, sobretudo para a produção de banana nas regiões de Corupá e Luiz Alves em Santa Catarina, o que culminou em margens líquidas (ML= Receita – COE – Depreciação + Pró-Labore) apertadas para os produtores.

Conforme Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Fotografia: Reprodução