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Salvador: Ministério da Saúde lança campanha para conter avanço de HIV em homens

sexta-feira, fevereiro 22nd, 2019

“Pare, pense e use camisinha”. Esse é o slogan da Campanha de Carnaval lançada nessa sexta-feira (22) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Salvador (BA). A ação visa conscientizar os foliões que irão pular Carnaval por todo país. A ideia é estimular o uso do preservativo, principalmente entre os homens na faixa etária de 15 a 39 anos. Entre as novidades para esse ano, está a apresentação da nova embalagem da camisinha a distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde irá distribuir 12 milhões de camisinhas com a nova identidade visual durante os dias de Carnaval. O novo conceito é mais moderno e dialoga diretamente com o público jovem, que é o mais atingido por novas infecções nos últimos anos. A escolha do design foi feita a partir de concurso cultural entre 210 estudantes universitários, em 2017, em parceria com a Unesco Brasil.

“Os números do HIV no Brasil, que demonstram aumento entre jovens, são muito importantes para a conscientização do grande desafio que temos na saúde pública, que é uma mudança no comportamento. Precisamos cada vez mais estimular o uso do preservativo, para que o Carnaval seja sempre uma memória feliz. Vamos fazer um Carnaval e um ano inteiro de consciência em relação à responsabilidade sobre o seu corpo e o da pessoa que você ama”, destacou o ministro Luiz Henrique Mandeta.

Neste ano, o embaixador da Campanha para o Carnaval é o cantor Gabriel Diniz, intérprete da música Jenifer, que promete ser o hit dos blocos no Brasil. As peças serão veiculadas na TV, internet, rádio, jornal, aeroportos, outdoor e jornal, entre os dias 22 de fevereiro e 05 de março, para a população em geral. As ações de prevenção são realizadas nos carnavais de rua em Salvador, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.

Esse ano, o Ministério da Saúde distribuiu 130 milhões de preservativos masculinos aos estados, 22% a mais que o quantitativo enviado em 2018 (106 milhões). Além disso, foram entregues também 9,9 milhões de sachês de gel lubrificante para todos os estados. Dados do último boletim epidemiológico do HIV/Aids mostram que 73% (30.659) dos novos casos de HIV em 2017 ocorreram no sexo masculino. Um em cada cinco novos casos de HIV estão entre homens de 15 a 24 anos (2017). Entre homens na faixa etária de 20 a 24 anos a taxa de detecção de aids cresceu 133% entre 2007 a 2017, passando de 15,6 para 36,2. Ascom

 

 

 

Foto: Rodrigo Nunes/ASCOM MS

 

Jovem pega Aids ao fazer as unhas

quarta-feira, novembro 19th, 2014

unhas

Tá vendo aí? Uma jovem de 22 anos, que não teve nacionalidade e nome revelados, contraiu HIV depois de usar equipamentos de manicure contaminados. Ela não tinha comportamentos considerados ‘de risco’ e exames revelaram que foi infectada há dez anos, mesma época em que dividia os utensílios com um primo soropositivo. O caso foi publicado na revista ‘Aids Research and Human Retroviruses’. Especialistas dizem que transmissões desse tipo são raras: mais comuns são os casos de hepatite.
De acordo com o infectologista Jean Gorinchteyn , do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, casos como o publicado pela revista são possíveis, pois existe contato com sangue, embora improváveis. “Alicates não higienizados oferecem mais risco em relação às hepatites,” explica. Porém, se o processo de esterilização for feito na temperatura e no tempo certos, todos os vírus e bactérias são erradicados, afirma Gorinchteyn.

A médica e gerente em saúde da Vigilância Sanitária do município do Rio, Cláudia Viana, explica que existem regras garantidas por lei municipal, que obrigam os salões de beleza a esterilizarem espátulas, tesouras e alicates em um equipamento chamado autoclave. “O ideal seria que cada cliente tivesse seu estojo, mas como isso não acontece, os salões devem garantir essa segurança tanto para as manicures quanto para o público”, defende.

Cláudia diz que a lixa, a toalha e o pau de laranjeira precisam ser descartáveis e o que vai para a esterilização deve ser embalado em um material específico, que possui uma fita que muda de cor quando o processo chega ao fim. Utensílios enferrujados são proibidos, pois a ferrugem impede a higienização.

 

Foto: Reprodução
*Com informações do O Dia