E aí? O nome da presidente Dilma Rousseff (PT) e o de outras 11 autoridades públicas e empresários constam, como “pessoas de interesse da ação”, no processo coletivo movido por Providence, capital do estado de Rhode Island, nos Estados Unidos, contra a Petrobras. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Segundo a publicação, além do nome de Dilma, também foi relacionado na ação o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, ex-integrante do Conselho de Administração da estatal, entre outras autoridades e empresários.
De acordo com os advogados ouvidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Dilma e os demais citados não são considerados réus. Esse cenário, porém, pode mudar dependendo do desenrolar da ação – com o surgimento de novos fatos ou provas –, tendo como base a lei dos EUA.
Em entrevista à publicação, Michael Stocker, sócio do escritório americano Labaton Sucharow – que representa Providence no processo –, disse que, “por enquanto”, não há planos de transformar as tais 12 “pessoas de interesse da ação” em réus.
Desde que estourou o escândalo de corrupção na Petrobras, já são 12 as cidades americanas que entraram com ação contra os prejuízos causados a investidores. No caso de Providence, a alegação é de que a estatal brasileira vendeu papéis com preços mais altos, com base em contratos superfaturados com empreiteiras, em troca de propina.
Caso saia derrotada na Justiça, a Petrobras terá que indenizar todos os americanos que investiram na estatal, não só os da cidade.
A Petrobras, aliás, ainda não se manifestou sobre essa ação. A empresa está preocupada agora em honrar os pagamentos aos fornecedores das empreiteiras brasileiras, a fim de evitar uma quebradeira no setor de óleo e gás.
Foto: AFP