Os dois suspeitos pelo ataque à revista Charlie Hebdo estão cercados pela polícia na cidade de Dammartin-en-Goële, cidade a 45 quilômetros ao norte de Paris. Eles estão dentro de uma fábrica, onde mantém funcionários reféns. Mais de 80 mil policiais atuam na operação de buscas aos autores do atentado.
Os dois irmãos terroristas invadiram o prédio depois de trocar tiros com as forças de segurança, no início da manhã desta sexta-feira. Dammartin-en-Goële fica a 30 quilômetros de onde os fugitivos eram procurados no dia anterior.
Antes do tiroteio, eles haviam roubado um carro Peugeot 206 em outra cidade, Montagny-Sainte-Félicité. A vítima disse ter reconhecido os irmãos procurados pelo massacre na revista Charlie Hebdo.
Aviões que tem previsão de pouso ou aterrissagem no aeroporto Charles de Gaulle foram orientados a mudar a rota para não sobrevoar a cidade de Dammartin-en-Goële.
O ataque à revista francesa aconteceu na última quarta-feira, no centro de Paris, depois de a última edição publicar uma charge sobre Maomé. Os terroristas invadiram o escritório da revista durante reunião de pauta e, segundo testemunhas, gritavam “vingamos o profeta”. Eles assassinaram 12 pessoas e deixaram outras 11 feridas.
Em comunicado à rádio Andalus, nesta sexta-feira, os islamitas somalis shebab classificaram de “heroico” o atentado à revista.
“Charlie Hebdo insultou nosso profeta e indignou milhares de muçulmanos. Os dois irmãos (suspeitos do ataque) são os primeiros a ter se vingado”, afirma a nota divulgada pela emissora oficial do movimento.
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Fonte: AFP