Foi apresentado na manhã desta quinta-feira, dia 20, na sede da Polícia Civil,na Praça da Piedade, o suspeito de ter matado o menino Marcus Vinícius, de apenas dois anos, no bairro de Itapuã. Durante a apresentação, Rafael se mostrou assustado com a situação e afirmou que a morte da criança teria sido causado por um engasgamento. “Ele morreu sufocado. Ele estava tomando mingau e se engasgou. Eu mesmo tentei ajudá-lo, mas depois que percebi que ele não estava mais respirando eu fiquei sem saber o que fazer. O laudo vai confirmar que ele morreu sufocado”, garantiu.
Segundo o suspeito, a morte da criança aconteceu na noite da quinta-feira, dia 13. “Isso aconteceu na noite de quinta. Esperei amanhecer e na sexta coloquei o corpo dele em um cooler e levei até o areial, onde enterrei ele. Depois eu fui para feira”, detalhou ao afirmar que já pensava na história do desaparecimento.
Rafael vai responder por homicídio, ainda não caracterizado se culposo ou doloso, e por ocultação de cadáver. “Houve negligência de Rafael e também da mãe da criança, Fabiane de Carvalho, que entregou a um desconhecido o menino com a saúde delicada”, afirmou o delegado ACM Santos, que disse que o pedido de prisão da mãe da criança ainda será analisado. Ainda de acordo com o títular da 12ª DT, não existe certidão de batismo de Marcos Vinícius, comprovando Rafael como padrinho.
Além disso, segundo a delegada do DHPP, o pai biológico do menino é conhecido como “Piriquito”, sendo que na certidão de nascimento consta o nome de Robson, que seria outra pessoa, e atualmente, a mãe, que é usuária de drogas, vive com um homem identificado como Bruno, também usuário de drogas.
Transferido para cadeia pública, na Mata Escura, Rafael no Centro de Observação Prisional (COP), isolado dos outros presos. A causa da morte de Marcos Vinícius só será comprovado após a perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Questionado se recebeu a ajuda da própria mãe para ocultar o corpo de Marcos Vinícius, Rafael afirmou que apenas confessou o crime à polícia. “Minha mãe não sabia de nada. Ela também achava que ele tinha desaparecido”, disse. O acusado garantiu que não contou a ninguém sobre a morte do menino. Porém, o delegada afirmou que o pedido de prisão preventiva de Dona Anira (mãe de Rafael) também está sendo analisado. “A mãe dele também tem que ser responsabilizada”.
Rafael ainda negou que o mingau ingerido pelo menino tenha sido o não recomendado por conta da sua alergia. “Ele não tomou o mingau indevido. Só que ele se engasgou”, afirmou.
Fotos: Reprodução
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