Prevenção ao terrorismo representa 9% do orçamento para segurança nos jogos olimpicos

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Vixe. Os ataques terroristas em Paris também tinham como alvo o esporte e poderiam ter causado estragos maiores caso tivessem se concretizado no Estádio Nacional da França, que recebia o jogo França e Alemanha. Os acontecimentos chamaram a atenção para os Jogos Olímpicos do próximo ano, que acontecerão no Rio de Janeiro. O orçamento para ações de segurança dos Jogos Olímpicos de 2016 somam R$ 1 bilhão. Desse total, apenas 9% estão autorizados especificamente para prevenção de incidentes e ao terrorismo.

Em 2014, não havia dotação específica para segurança relativa ao terrorismo. O plano orçamentário só apareceu em 2015. Assim, a iniciativa “prevenção de incidentes e ao terrorismo”, coordenada pelo Ministério da Defesa, tem R$ 65,8 milhões previstos para 2015. No ano que vem, a previsão é que R$ 21,6 milhões atendam essa iniciativa. Além de representar porcentagem baixa em relação ao orçamento geral, a princípio, a execução dos recursos deixa a desejar. Do total aprovado para este ano, somente R$ 762,6 mil foram pagos. Isso quer dizer que apenas 1,2% dos orçamento foi realmente desembolsado. O objetivo dos recursos é desenvolver atividades em proveito da capacitação de efetivos com equipamentos adequados a fim de possibilitar a adoção de ações adequadas e oportunas de caráter preventivo, durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. A verba também deveria ser destinada para ações de cunho repressivo de combate ao terrorismo e incidentes críticos. Proporcionar condições de integração entre o Centro de Prevenção e Combate ao Terrorismo (nível nacional) com os Centros Táticos Integrados (regional). Para o especialista em segurança e cientista político, Antônio Flávio Testa, depois dos atentados, e da declaração de guerra da França, necessariamente, países como Estados Unidos, França e Inglaterra irão exigir que sejam intensificadas ações objetivas. “Nós temos uma mania de deixar as coisas para última hora, no entanto, a improvisação deve perder espaço. O que pode ser benéfico para o Brasil”, explica. Na última segunda-feira, dia 23, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que “todo cuidado é pouco” no combate a ações terroristas. A declaração foi dada na abertura do Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil, realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília, que visava discutir estratégias contra ameaças terroristas nas Olimpíadas do Rio em 2016. “Os eventos recentes e outros mostram que todo cuidado é pouco e toda preparação é pouca. Países que têm já uma história de enfrentamento dessa questão foram alvo de ataques significativos. Nesse campo, não há limite para a nossa preocupação e para tomar todas as providências ao alcance das autoridades brasileiras”, afirmou Berzoini, durante o evento.

O ministro destacou que os cuidados com segurança para as Olimpíadas devem ser maiores do que na Copa do Mundo de 2014. “Evidentemente, a complexidade das Olimpíadas é maior, porque temos mais países e com mais diversidade política. Nós temos de redobrar os esforços, aproveitar o que foi feito na Copa do Mundo e produzir iniciativas e resoluções que sejam capazes de melhorar o que foi feito”, declarou. “Esse tipo de assunto é um desafio para as grandes potências e para países que têm experiência na relação com esse tipo de evento e, portanto, temos de ter a mesma preocupação, saber que todo cuidado é pouco e todos os preparativos devem ser feitos”, completou. Já o diretor-geral da Abin, Wilson Trezza, afirmou, no entanto, que não existem países “100% preparados” para o combate ao terrorismo, mas que a experiência brasileira ao longo das copas das Confederações e do Mundo são atestados de que o país está bem preparado para eventuais iniciativas terroristas. Conforme site Contas Abertas.

 

Foto: Reprodução

 

 

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