Misericórdia. Atiradores terroristas fizeram pelo menos 170 pessoas reféns no hotel de luxo Radisson Blu, em Bamako, capital de Mali (ex-colônia francesa), a oeste da África, na manhã desta sexta-feira, segundo informações da rede “NBC News”. Um porta-voz do estabelecimento informou que entre os reféns estão 140 clientes e 30 funcionários. Os atiradores fecharam o prédio para que ninguém entrasse ou saísse.
Uma ação policial conseguiu libertar cerca de 80 reféns, após cerca de 5 horas de cerco, afirmou a rede de TV estatal. Pelo menos três pessoas morreram, entre elas dois malineses e um francês.
De acordo com pessoas que conseguiram deixar o hotel, os homens entraram no local atirando e gritando “Alá é grande” . Eles pediram que as pessoas recitassem trechos do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos. Alguns do que conseguiram fazê-lo foram liberados.
Segundo a agência de notícias “Reuters”, uma fonte informou que logo no início da manhã foram ouvidos tiros e que a polícia local logo cercou a área. A agência local “Breaking3Zero”, informou que entre os reféns estão belgas, chineses, turcos e franceses.
No Twitter, a agência divulgou fotos que mostram a movimentação no entorno do hotel, que é de donos americanos, tem 190 quartos e estaria com 90% deles ocupados.
Ainda segundo a “Reuters”, o Mali já foi ocupado por militantes do grupo terrorista Estado Islâmico, que fugiram em boa parte após a ocupação do local por militares franceses. No entanto, o grupo jihadista ainda promove ataques no local, como em março deste ano quando mataram cinco pessoas em um restaurante de Bamako muito popular entre estrangeiros.
Através do Twitter, a embaixada do Estados Unidos no Mali confirmou estar ciente da ação dos atiradores no local. Eles pediram que seus funcionários e americanos procurassem abrigos seguros e aguardassem as orientações das autoridades locais. Além disso, a embaixada aconselhou que os americanos em Mali entrassem em contato com seus familiares, caso estivessem bem.
Em agosto, a embaixada emitiu uma mensagem de segurança informando aos cidadãos americanos que visitam ou moram na região “de um risco de segurança para os ocidentais no sul do Mali, incluindo a área fora da cidade de Bamako”.
Fotos:Reprodução
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