A valorização do dólar frente ao real, fatores climáticos e a volatilidade do preço da banana apontam para um cenário incerto para os produtores da fruta em 2022, é o que mostra um levantamento do Centro de Inteligência em Gestão e Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) elaborado com base nos dados do projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O aumento nos custos de produção foi o motivo de maior preocupação do produtor ao longo deste ano. O Custo Operacional Efetivo (COE) que engloba todos os desembolsos realizados pelo produtor em um ciclo produtivo apontou que os custos de produGráfico 1. Indicadores econômicos do modal produtivo de banana – (R$/ton). 0,00 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 R$/tonelada COE Depreciações + Pró-labore RM MB ML Fonte: Projeto Campo Futuro – CNA/Senar. Elaboração: CIM/UFLA. FRUTICULTURA ção aumentaram nas propriedades típicas dos estados da Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, principais regiões produtoras das bananas: caturra, nanica e prata.
Analisando o mês de novembro, depois de um primeiro semestre de preços em queda e um segundo marcado pela volatilidade, a reação das cotações no mercado interno proporcionou margens brutas (MB = Receita – COE) positivas para todas as praças analisadas (Gráfico 1). Porém, o impacto dos custos fixos ainda não foi superado, sobretudo para a produção de banana nas regiões de Corupá e Luiz Alves em Santa Catarina, o que culminou em margens líquidas (ML= Receita – COE – Depreciação + Pró-Labore) apertadas para os produtores.
Conforme Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
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