Armamento pesado. Gestores da Polícia Civil do Rio de Janeiro negam que tenha havido execuções na operação que aconteceu na manhã de quinta-feira, dia 6/5, na Comunidade do Jacarezinho, na qual morreram 25 pessoas, sendo 1 policial civil e 24 supostos criminosos. “Se houve execução, foi do policial”, afirmou o delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, durante entrevista coletiva concedida no final da tarde à imprensa carioca.
“Lamentavelmente, houve muito confronto dentro da comunidade. Não há de se comemorar esse resultado, tamanha quantidade de pessoas que vieram a falecer, da mesma forma que não existe a capacidade de qualquer pessoas nos confortar pela morte do nosso policial”, disse Oliveira.
Conforme a Polícia, a operação foi realizada para localizar e prender 21 acusados de aliciar crianças e adolescentes para o tráfico de drogas, que nessa comunidade é chefiado por uma facção. A investigação está sendo realizada há meses pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, que obteve as ordens judiciais de prisão na sexta-feira, dia 30/5. Dos 21 procurados, três foram mortos e três presos. Os outros 21 mortos, segundo a Polícia, eram criminosos que reagiram à ação policial. Outras três pessoas, que não eram alvos da operação, foram presas no decorrer dela.
De acordo com o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram apreendidas 16 pistolas, 14 granadas, seis fuzis, uma submetralhadora, uma escopeta e até munição antitanque, além de drogas em quantidade ainda não contabilizada.
De acordo com o delegado, o policial civil que foi morto estava em um grupo de oito agentes que entrou em um beco onde havia uma estrutura de concreto com buraco para apoiar o cano de um fuzil. Um criminoso atirou dali, atingindo o policial na cabeça, logo no começo da operação, iniciada às 6h. Os confrontos se multiplicaram, levando ao mais alto número de vítimas registradas em operações policiais.
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