Tá vendo aí? Uma jovem de 22 anos, que não teve nacionalidade e nome revelados, contraiu HIV depois de usar equipamentos de manicure contaminados. Ela não tinha comportamentos considerados ‘de risco’ e exames revelaram que foi infectada há dez anos, mesma época em que dividia os utensílios com um primo soropositivo. O caso foi publicado na revista ‘Aids Research and Human Retroviruses’. Especialistas dizem que transmissões desse tipo são raras: mais comuns são os casos de hepatite.
De acordo com o infectologista Jean Gorinchteyn , do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, casos como o publicado pela revista são possíveis, pois existe contato com sangue, embora improváveis. “Alicates não higienizados oferecem mais risco em relação às hepatites,” explica. Porém, se o processo de esterilização for feito na temperatura e no tempo certos, todos os vírus e bactérias são erradicados, afirma Gorinchteyn.
A médica e gerente em saúde da Vigilância Sanitária do município do Rio, Cláudia Viana, explica que existem regras garantidas por lei municipal, que obrigam os salões de beleza a esterilizarem espátulas, tesouras e alicates em um equipamento chamado autoclave. “O ideal seria que cada cliente tivesse seu estojo, mas como isso não acontece, os salões devem garantir essa segurança tanto para as manicures quanto para o público”, defende.
Cláudia diz que a lixa, a toalha e o pau de laranjeira precisam ser descartáveis e o que vai para a esterilização deve ser embalado em um material específico, que possui uma fita que muda de cor quando o processo chega ao fim. Utensílios enferrujados são proibidos, pois a ferrugem impede a higienização.
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*Com informações do O Dia