E agora? Os funcionários que trabalham nas obras do metrô de Salvador aprovaram, o indicativo de greve a partir da próxima terça-feira, dia 6, em assembleia realizada nesta quarta-feira, dia 30. De acordo com o presidente do Sindicato da Construção Pesada (Sintepav), Irailson Warneaux, o grupo definiu, em reunião no canteiro do Terminal Acesso Norte, uma pauta de reivindicações que será apresentada ao Consórcio Mobilidade Bahia, contratado pela empresa CCR. Entre as reivindicações, estão a reclassificação de trabalhadores que atuam em um cargo e recebem como outro e o fim do assédio moral aos funcionários nos canteiros de obras. “Eles são pressionados a trabalhar aos sábados e domingos e aqueles que se recusam são demitidos. Além disso, eles são tratados com palavras de baixo calão, xingados pelos superiores”, contou Warneaux.
Segundo ele, os funcionários recebem horas extras pelo serviço. “Mas na legislação diz que a gente é obrigado a trabalhar as 44 horas semanais. Se você diz que não quer, alguém diz ‘você sabe como é que vai ser’”, alertou. Outra solicitação do grupo é a equiparação de salários dos funcionários baianos com aqueles que vêm de outros estados. “Os encarregados que vêm de outros estados vem com salários maiores que os da Bahia. Não temos nada contra eles, mas temos que proteger os trabalhadores daqui. Nada mais justo do que uma relação de equidade. Todos que têm a mesma função devem receber o mesmo salário”, defendeu. O presidente do Sintepav explicou que nesta quarta os trabalhadores paralisarão as atividades como forma de advertência e, caso não haja acordo, entrarão em greve na terça.
Em nota, a CCR Metrô Bahia e o Consórcio Mobilidade Bahia informaram que aguardam o recebimento da pauta oficial de reivindicações para avaliar o caso. Segundo a nota, representantes do consórcio acompanharam a assembleia e prezam pelo respeito à legislação vigente, os princípios de segurança dos seus colaboradores.
Foto: Reprodução / TV Ba
Com informações do Bahia Notícias
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