Em prantos, o engenheiro civil Gileno Vieira da Rocha, de 65 anos, resgatado após passar 12 dias perdido na floresta Amazônica, reencontrou seus familiares no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, capital do Amazonas. O engenheiro relatou os momentos de aflição: “comi moscas e abelhas para sobreviver”, disse à TV Amazonas.
Segundo a mulher do engenheiro, Greyce Morais, a família não perdeu a esperança de reencontrar Gileno. “Deus ouviu as minhas preces. A minha fé em Deus nunca faltou, nunca falhou. Eu sabia que a gente podia encontrar ele”, disse após rever o marido no aeroporto.
O engenheiro, que estava na Cidade de Apuí para trabalhar em uma empresa de pavimentação da rodovia AM-230, a Transamazônica, relatou que passou fome e não conseguiu encontrar frutas ou caçar animais nos dias que esteve perdido na mata. Ele contou ainda que chegou a comer abelhas e moscas para conseguir sobreviver. Mesmo debilitado e tendo passado por momentos terríveis, Gileno afirmou estar feliz. “Espero devolver a todos aqueles que me conhecem e convivem comigo em dobro aquilo: a grande felicidade”, disse.
Após ser resgatado, o engenheiro prestou depoimento à Polícia de Apuí no Amazonas. Ele relatou que teve um desentendimento com moradores do município antes de desaparecer. “Ele teve problemas particulares com uma família. Temia retaliações, ficou aflito e resolveu sair da comunidade em direção a Apuí. Pegou, no primeiro momento, carona no caminhão da empresa que foi até o km 7. Após isso, pegou carona com morador da vila, ficou 3km a frente, resolveu caminhar pelo pasto, entrou na floresta e se perdeu”, explicou o delegado.
Gileno desapareceu no dia 7 de agosto na comunidade de Sucunduri, localizada nas proximidades de Apuí, município a 455 quilômetros de Manaus. Ele foi achado pelo grupo de busca dos Bombeiros e da Polícia Militar (PM), com auxílio de cães farejadores em uma área de mata fechada na manhã desta terça-feira, dia 19. Com informações de Paulinho Barra Pesada
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