Debate polêmico. Registros de vereadores contra e a favor da inclusão, ou não, do termo cultura LGBT no Plano Municipal de Cultura de Salvador marcaram a 48ª Sessão Ordinária da 19ª Legislatura, na tarde de quarta-feira 1º/12. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (MDB).
No entendimento da vereadora Cátia Rodrigues (DEM), integrante da bancada evangélica, não cabe tratar LGBT como cultura. Ela observou que não é contra a comunidade LGBT e defendeu emendas da sua bancada para a aprovação do Projeto de Lei nº 208/21 que institui o Plano Municipal de Cultura de Salvador.
A vereadora Débora Santana (Avante) também afirmou que LGBT não é cultura. “Não entendo LGBT como cultura e sim como orientação sexual”, destacou.
O vereador Ricardo Almeida (PSC) ampliou o debate afirmando que “estamos vivendo tempos difíceis” porque a Constituição não está sendo respeitada. Ele frisou que existe interpretação equivocada com relação à Bíblia e, notadamente, a fé de cada um. O vereador Anderson Ninho (PDT) se associou às palavras do colega.
A vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), integrante do mandato coletivo Pretas por Salvador, chorou com a resistência para aprovação do Plano Municipal de Cultura e do Plano para Infância e Adolescência. Ela fez uma defesa emocionada da comunidade LGBTQI+. Laina falou do preconceito da sociedade e dos traumas acumulados por assumir uma opção sexual diferenciada. O vereador Sílvio Humberto (PSB) defendeu a comunidade LGBT dentro do Plano Municipal de Cultura.
O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) relacionou a cultura LGBT às passeatas gays que ocorrem em muitas Cidades do Brasil. O colega Átila do Congo (Patriota) defendeu a colega Laina Crisóstomo e lamentou que “o país seja preconceituoso em relação à comunidade LGBT”.
Fotografia/Fonte: CMS